José Fonte foi o porta-voz da crença da Seleção no primeiro dia do arranque dos trabalhos na Cidade do Futebol, em Oeiras. O central do Southampton faz aos 32 anos a sua estreia por Portugal numa grande prova internacional e reiterou a comunhão que tem de haver entre a equipa e os adeptos portugueses.

"É um orgulho enorme para mim, depois de todo o trabalho, todo o sofrimento e tudo o que passei. Chegar aqui à Seleção é um facto que me orgulha bastante e é um percurso em que tenho muito orgulho. Segundo, vai ser importante não só nós, os jogadores, e o mister acreditarem, mas também todo o povo português. Tem de ser como foi no Euro2004 ou ainda mais. Temos todos de acreditar, de estar unidos, tem de haver uma grande capacidade de recuperação – quem está mais fresco vai ter mais possibilidades -, e ter aquela pontinha de sorte", afirmou o defesa português na zona mista realizada antes do primeiro treino na Cidade do Futebol.

Para o central luso, a "alegria" de estar presente sente-se no discurso e este estendeu esse sentimento ao resto dos jogadores. "Feliz e com alegria, porque deve ser uma alegria para todos estar aqui e poder defender as nossas cores e ter a oportunidade de ganhar uma grande competição", vincou.

Nestes primeiros dias, os jogadores vão treinar e poder estar com as suas famílias, algo que José Fonte valoriza face à perspetiva de muitos dias de estágio fechado em França. "É muito importante estar com a família. Toda a gente sabe o tempo que vamos estar fechados em grupo. O mister tem um grande entendimento daquilo que é necessário para os jogadores terem a mente sã e dá-nos a oportunidade de treinar e voltar às nossas famílias", referiu.

À margem do tema da Seleção, José Fonte, não escondeu ainda a sua felicidade por ver o irmão, Rui Fonte, a conquistar este domingo a Taça de Portugal ao serviço do Braga. "Foi como se eu tivesse ganho... As lágrimas vieram-me aos olhos, porque eu sei - e se calhar muitas pessoas não sabem - o que ele sofreu, com duas ou três lesões muito difíceis. E para ele, vindo de uma lesão de dois ou três meses, jogar a titular, fazer um golo e conseguir ganhar uma Taça de Portugal pelo Braga é um feito histórico. É um momento de grande orgulho para mim e para a nossa família. Foi um dia inesquecível vê-lo subir as escadas e vê-lo a festejar. Eu disse-lhe antes do jogo que era o dia dele", confessou o internacional português.