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O caso remonta a 2010, durante o estágio da Seleção Nacional para o Mundial da África do Sul.
Carlos Queiroz e Luís Horta decidiram «colocar fim ao processo» sobre os alegados insultos do antigo selecionador nacional de futebol ao presidente da Autoridade Antidopagem de Portugal (AdoP) aquando de um controlo antidoping à seleção lusa, em 2010.
O texto do acordo, a que a agência Lusa esta quinta-feira teve acesso, através de Luís Horta, o demandante no processo, foi assinado a 29 de agosto e entretanto homologado pelo Tribunal Judicial da Covilhã, pondo-se assim termo ao incidente que se verificou no controlo de dopagem à seleção nacional de futebol, durante o estágio na Covilhã, a 16 de maio de 2010.
Queiroz reconhece que «proferiu as palavras (ou semelhantes) que lhe são imputadas nos autos (...)», bem como o facto de que «perante a pretensão dos médicos em causa em realizar o controlo (...) à seleção nacional à hora a que chegaram ao Hotel da Serra da Estrela, e no contexto da pressão então existente sobre a seleção, se enervou e proferiu palavras grosseiras e que podem ser consideradas ofensivas».
O atual selecionador do Irão afirma ainda, «de forma expressa e clara, que nunca pretendeu atingi-lo [Luís Horta], menorizá-lo ou ofendê-lo, pessoal ou profissionalmente», nem «faltar ao respeito a familiares seus, pelo que lamenta se de outra forma foi entendido».
Luís Horta «aceita as explicações» e nesse contexto «desiste do procedimento criminal e do pedido de indemnização civil» e declara «nada mais ter a reclamar» de Carlos Queiroz.
Queiroz também torna expresso «nada ter a reclamar» na justiça de Luís Horta, não só neste processo como também naquele que correu na 5.ª secção do DIAP de Lisboa e na Ordem dos Médicos.
As custas judiciais foram suportadas na íntegra pelo arguido, ou seja Carlos Queiroz.
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