A direcção da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), sem o presidente Gilberto Madail e o “vice” Amândio de Carvalho, está hoje representada pelo secretário-geral Ângelo Brou na reunião com os órgãos sociais da Assembleia-Geral do organismo.

Madaíl e Carvalho estão ausentes, por motivos de saúde, do encontro que visa chegar a um consenso sobre o regulamento eleitoral e o projecto de adequação dos estatutos ao Regime Jurídico das Federações Desportivas.

Num encontro preparatório da Assembleia-Geral de 30 de Abril, a direcção federativa está reunida com a Comissão Delegada das associações distritais e regionais, Liga de clubes, representada por Fernando Gomes, e representações de árbitros e treinadores, na sede da instituição, em Lisboa.

Além dos dois dirigentes federativos, também está ausente Lourenço Pinto, presidente da Associação de Futebol do Porto, ao contrário de Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, que tinha faltado à primeira reunião (12 de Abril).

A Comissão Delegada das associações distritais e regionais é composta por Lisboa, Coimbra, Leiria, Santarém, Porto, Madeira e Évora.

Em causa, está a análise de três artigos que tinham sido chumbados na especialidade na sessão magna de 19 de Março, depois de aprovado o novo modelo na generalidade.

Os três artigos, que se referem ao método de Hondt na eleição para os conselhos de arbitragem, justiça, disciplina e fiscal da FPF e à representatividade, constituem uma das duas matérias que serão votadas na Assembleia-Geral extraordinária de 30 de Abril.

Esta reunião surge na sequência da suspensão dos trabalhos da sessão extraordinária, na sequência de um requerimento apresentado pela Associação de Futebol de Leiria e aprovado por 29 dos sócios ordinários, com único voto contra da Associação Portuguesa de Árbitros (APAF).

A FPF continua sem estatutos adequados ao novo Regime Jurídico das Federações Desportivas, permanecendo com parte da utilidade pública suspensa pelo Governo, que cortou praticamente todos os apoios financeiros à federação.

O Governo tinha prometido reavaliar a situação da FPF em Abril, enquanto a FIFA e a UEFA também já ameaçaram suspender a federação portuguesa, o que implicaria a exclusão dos clubes e das selecções das várias competições internacionais.