O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madaíl, já informou os responsáveis da FIFA e da UEFA do pedido das associações distritais de um «encontro para esclarecimentos» sobre três artigos do novo modelo estatutário.

«Na sequência da reunião do passado dia 22 de Fevereiro, já foi apresentada à FIFA e UEFA a vossa sugestão de um encontro para esclarecimentos, não tendo contudo sido possível obter qualquer resposta até ao momento, dado que, como tive oportunidade de informar, os altos responsáveis dos dois organismos se encontram ausentes no Congresso da Confederação Asiática de Futebol», refere Madaíl, numa carta enviada à Comissão Delegada das Associações Distritais e Regionais de Futebol, a que a Agência Lusa teve acesso.

A finalizar a missiva, o presidente da FPF, que cumpriu a pretensão das associações distritais, assegurou «informar de imediato», mal tenha «alguma resposta».

Na terça-feira, Madaíl aceitou pedir uma reunião com a FIFA e a UEFA, para clarificar os artigos referentes «à limitação de mandatos, ao método de Hondt e à representatividade», segundo Júlio Vieira, coordenador da Comissão Delegada e presidente da Associação de Futebol de Leiria.

Esta reunião decorreu um dia depois de a FIFA e a UEFA terem esclarecido, em carta conjunta enviada à FPF, que o Regime Jurídico das Federações Desportivas respeita as normas de ambos os organismos.

Júlio Vieira considerou que a referida carta abordava «generalidades» e não as «três questões concretas», assegurando que, caso FIFA e UEFA avalizassem o novo Regime Jurídico das Federações Desportivas (RJFD), as associações aceitariam aprovar os novos estatutos em Assembleia-Geral (AG) federativa.

Uma proposta de adequação dos estatutos da FPF ao RJFD, decorrente da Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto, submetida pela Liga de Clubes, foi chumbada na Assembleia-Geral extraordinária da FPF, a 29 de Janeiro, apesar dos 70,6 por cento de votos a favor, quando eram necessários 75,0 por cento, mais um.