"Queremos ficar acima do quarto (posto). Em todos os mundiais e europeus sempre pedi para fazermos melhor que no último em que estivemos. O que pedi ao seleccionador [Carlos Queiroz] foi que fizéssemos melhor do que no último campeonato do Mundo", revelou o dirigente.

Madail considera que Portugal tem "capacidade" para atingir o objectivo, mas recordou que no futebol "é tudo muito aleatório": "No Mundial2002 também tínhamos essa capacidade, uma grande equipa, mas não passamos da fase de grupos".

Depois de ter dito que seria um desastre para Portugal ficar de fora do Mundial2010, antes de a equipa das Quinas ter garantido o apuramento para a África do Sul, Luiz Felipe Scolari, antecessor de Queiroz, diz agora que a selecção tem condições para chegar às meias-finais.

"Não é pressão. Não temos sentido, não temos visto qualquer tipo de indicadores que se traduzam em pressão no seleccionador por parte de Scolari. Ele tem Portugal no coração. Tem o país dele, mas espera que Portugal possa atingir o mais alto nível", defendeu.

Portugal e Espanha apresentaram candidatura conjunta à organização do Mundial2018 e o presidente da FPF concorda com a decisão do país apresentar apenas três estádios: Luz e Alvalade, em Lisboa, e Dragão, no Porto.

"O Governo entendeu - e justificadamente - não apoiar, não fazer investimentos em estádios que pretendiam aumentar a capacidade dos actuais 30 000 para 44 000. Vamos é procurar rentabilizar trazendo para cá o maior número possível de jogos", desejou.

Gilberto Madail, que falava à margem de uma homenagem na Liga Portuguesa de Futebol Profissional a quem ajudou a criar e manter a Carlsberg Cup (Taça da Liga), elogiou ainda a melhoria do relacionamento institucional entre este organismo e a federação.

"Há um bom relacionamento. Com o anterior presidente (Valentim Loureiro) também resolvíamos problemas, mas as próprias estruturas eram muito de crispação, até ao nível próprios funcionários. Agora quem vier deve seguir os bons exemplos e não os maus, se é que os houve", vincou.

O dirigente, que deverá abandonar o cargo, tal como Hermínio Loureiro, lembra que o novo regime jurídico vai definir com clareza as competências de cada órgão.

"Os novos estatutos conferem à LPFP menos autonomia em algumas áreas. Normalmente havia problemas nessas questões da Liga poder alterar regulamentos que por vezes colidiam com os da Federação.

Com o novo regime jurídico isso não vai acontecer, porque a Liga vai atuar por delegação de competências da própria FPF", revelou.

Mesmo com diferentes personalidades à frente dos dois organismos, Madaíl considera que "há todas as condições para que esta colaboração se mantenha e a Liga mantenha a função de organização dos campeonatos e entidade que superintende o futebol profissional".

"Um sucessor (na FPF)? Não sei. Isto não é nenhuma monarquia. Vamos ver quem vai aparecer para que possa ser aproveitado muito trabalho que foi feito nos últimos 12 anos. Alguém terá de aparecer", concluiu.