Em conferência de imprensa, a seleccionadora deixou algumas críticas à forma como as suas jogadoras se apresentaram no primeiro tempo frente ao País de Gales: «Não fiquei satisfeita, nem eu nem as jogadoras, porque acho que não foi primeira parte muito bem conseguida. Esperávamos mais da nossa organização defensiva e perdemos ali o meio campo na primeira parte».

A treinadora portuguesa ressalvou que «na segunda parte a equipa acertou as marcações, voltou a ganhar algum ânimo e depois esteve bem melhor, dominou e controlou a situação».

«Acho que podíamos ter feito um jogo bem melhor do ponto de vista defensivo, o que não foi o caso na primeira parte. As jogadoras acusaram algum cansaço também, mas ganhámos o jogo, é o mais importante, e estamos na corrida para ganhar o grupo», sublinhou.

Mónica Jorge disse esperar que a selecção feminina «melhore a nível dos vários sectores», reconheceu que «falta muito trabalho» e vai aproveitar o dia de descanso até ao jogo de sexta-feira com o Chile «para recuperar do ponto de vista físico e poder atacar o segundo jogo com mais força e uma maior dinâmica».

A seleccionadora enalteceu o trabalho realizado por Carla Couto, jogadora mais internacional de sempre da selecção feminina de Portugal e autora de dois dos três golos da vitória de hoje diante do País de Gales, considerando que o facto de se ter tornado na melhor marcadora de sempre do Mundialito, com 17 golos, «é um justo prémio».

Sobre a partida com o Chile, que à semelhança de a realizada hoje com o País de Gales se disputará em Vila Real de Santo António, Ana Jorge disse ter ainda que analisar o vídeo do jogo que a selecção sul-americana realizou hoje em Lagos com a Roménia para poder ter uma ideia mais concreta do próximo adversário.

«Conhecemos pouco do Chile, temos ainda que ter acesso ao vídeo do jogo de hoje com a Roménia, sei que perderam 2-0, sei que vai ser um jogo mais técnico do que o de hoje, porque o país de gales usa mais a força», afirmou.

Mónica Jorge espera, por isso, «um jogo diferente», mas afirmou-se «confiante de que Portugal pode ganhar».

«É para isso que vamos trabalhar, apenas com um dia de descanso, mas vamos esperar que a equipa recupera e nada como uma vitória para a recuperação ser mais fácil», concluiu.