Fernando Gomes revelou hoje que a decisão de demitir Paulo Bento passou a ser inevitável a partir do momento em que o anterior selecionador nacional assumir não ter condições para continuar na Seleção.
"A estabilidade contratual é um dos meios para atingir os objetivos. Por isso, por unanimidade, a estutura renovou o contrato com a anterior equipa técnica. Mas a estabilidade não é um fim em si mesmo. Reafirmamos que o projeto para a FPF continuará, e que hoje muda de líder técnico. Há duas semanas o selecionador disse-me que não tinha condições numa conversa para a qual o convoquei", afirmou, à margem da apresentação de Fernando Santos como novo selecionador nacional.
Confrontado com a aparente divergência em relação a Paulo Bento face às declarações deste na entrevista à RTP, em que disse que por vontade de Fernando Gomes continuaria a ser selecionador, o líder federativo foi mais evasivo e explicou que houve "unanimidade" na decisão: "Não tenho o condão de interpretar as interpretações que Paulo Bento fez. Eu e a minha direção entendemos que era o momento de mudança. Enquanto for presidente da Federação ninguém será selecionador sem confiança máxima nos objetivos. Ser selecionador implica um compromisso permanente com o acreditar nos objetivos a que nos propomos. Isso é um pilar e esse pilar deixou de existir."
Por outro lado, Fernando Gomes voltou a reforçar o seu discurso pós-Mundial da "falta de competência". "Em agosto não disse que éramos incompetentes. Não disse que os médicos eram incompetentes. Todos nós não fomos suficientemente competentes para ter outros resultados", garantiu.
A terminar, Fernando Gomes deixou palavras de gratidão a Paulo Bento e à sua equipa técnica: "Gostava de agradecer ao Paulo Bento e a toda a sua equipa técnica. Agradeço ainda a todos os membros da direção pelo apoio na hora de mudar."
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