A 3 de março celebra-se um quarto de século após a primeira conquista portuguesa do Mundial sub-20 de futebol, disputado na Arábia Saudita e em cuja final Portugal bateu a Nigéria por 2-0.
Os comandados de Carlos Queiroz e Nelo Vingada, que haveriam de reconquistar o título no campeonato seguinte, em Lisboa, dois anos depois, ergueram o troféu em 1989, no Estádio Rei Fahad, após os golos do defesa Abel Silva, que na altura representava o Benfica, e do extremo Jorge Couto, do Gil Vicente.
A seleção portuguesa conquistou este seu primeiro título internacional com cinco vitórias e uma derrota na fase final, anotando seis golos e sofrido três.
O arranque vitorioso fez-se frente à extinta Checoslováquia (hoje Eslováquia e República Checa), com um golo solitário de Paulo Alves (Gil Vicente), a dois minutos do final da partida.
O mesmo desfecho frente à Nigéria, na segunda jornada do Grupo A, com um golo apontado por João Vieira Pinto (Boavista), aos 79 minutos, garantiu quatro pontos (cada vitória valia, ainda, dois pontos), o que, pela conjugação de resultados, praticamente garantia um lugar na fase seguinte.
Por isso, a derrota, por 3-0, sofrida frente à seleção anfitriã, que ainda assim foi última no agrupamento, não impediu a passagem do combinado lusitano, tanto mais que a Nigéria e a Checoslováquia empataram entre si, a 1-1.
Nos quartos de final, a Colômbia sucumbiu ao futebol dos “miúdos” de Queiroz, também por 1-0, tento marcado por Jorge Couto, a cinco minutos do intervalo.
Com o mesmo resultado, Portugal “despachou” o Brasil nas meias-finais, com Amaral (Académico de Viseu) a “assinar” o golo solitário, aos 68 minutos.
Por fim, para contrariar as quatro vitórias de golo único, a Nigéria acabou derrotada, na final, com dois tentos sem resposta, apontados por defesa Abel Silva, aos 44 minutos, e por Jorge Couto, o único jogador luso que marcou mais do que uma vez na competição disputada na Arábia Saudita.
Para a história fica o “onze” titular e substituições: Bizarro, Abel Silva, Morgado, Paulo Madeira, Valido, Tozé, Hélio, Filipe Ramos, João Vieira Pinto (Folha, 89), Jorge Couto e Amaral (Paulo Alves, 88).