A seleção portuguesa de futebol de sub-20 só pensa em estrear-se no Mundial com uma vitória sobre o Senegal e descarta, para já, qualquer favoritismo na competição, que se disputa na Nova Zelândia.
Em Rio Maior, no dia aberto à comunicação social, os jogadores da formação lusa foram unânimes em abordar o próximo Campeonato do Mundo com a mentalidade “jogo a jogo” e sem qualquer ambição pré-definida, não falando para já em voltar a marcar presença na final, tal como aconteceu em 2011.
“A equipa está motivada para fazer um bom Mundial. O nosso objetivo é jogo a jogo e ganhar o primeiro contra o Senegal. Não podemos criar expetativas muito altas, temos de ser humildes”, afirmou Gelson Martins, extremo do Sporting, habitualmente utilizado na equipa B dos ‘leões’. (correção: Portugal foi vice-campeão mundial de sub-20 em 2011, mas perdeu esse estatuto no Campeonato do Mundo de 2013).
O médio Raphael Guzzo, “orgulhoso” por fazer parte dos 21 selecionados do técnico Hélio Sousa, assumiu o desejo de fazer uma boa prestação na Nova Zelândia, mas alertou que Portugal vai defrontar adversários “muito difíceis” logo na primeira fase, no Grupo C.
“Podemos apontar a Colômbia como o adversário mais forte, mas o Senegal foi segundo no campeonato africano e o Qatar é o campeão asiático. Temos de ter muita atenção a todos”, referiu o jogador do Desportivo de Chaves, que pertence aos quadros do Benfica, mas foi formado no clube flaviense.
Com a chamada ao estágio da seleção de sub-20, Guzzo vai falhar os últimos jogos do Desportivo de Chaves, numa altura em que a equipa trasmontana luta pelo primeiro lugar da II Liga e também pelo acesso ao escalão principal.
“Este fim de semana, vou estar ligado às redes sociais e ao telemóvel. É difícil não estar presente, mas também sei que muitos jogadores gostariam de estar aqui, de ir ao Mundial, e isso é um motivo de orgulho”, confessou.
Por seu lado, o guarda-redes Tiago Sá, que vai disputar a titularidade com André Moreira e Guilherme Oliveira, referiu que enfrentar a competição pensando um jogo de cada vez faz parte da identidade desta equipa e recordou, por exemplo, a última final do Europeu de sub-19, que contou com muitos jogadores que agora representam os sub-20.
“Foi essa mentalidade que que nos levou a atingir esse objetivo no Europeu de sub-19, a estar no Mundial de sub-20 e, se mudássemos isso, estaríamos a mudar aquilo que nós somos”, disse.
Da equipa técnica de Portugal faz parte Pedro Espinha, antigo guarda-redes da seleção principal, ao qual se juntou hoje, de visita, Vítor Baia, ‘dono’ da baliza lusa durante os anos 90 e início de 2000 e atual responsável do novo projeto de formação de guarda-redes da Federação Portuguesa de Futebol.
“Eles sabem que nós três temos qualidade, que damos o máximo pela equipa e pelo país. Há coisas em que ajudam, ajudam-nos a estar calmos, tranquilos”, disse o guardião do Sporting de Braga.
No terceiro dia de estágio, o selecionador Hélio Sousa já contou com André Silva, Francisco Ramos, Rafa e o capitão Tomás Podstawski, todos jogadores do FC Porto que foram autorizados a integrar o grupo mais tarde, ficado a faltar apenas o médio Rony Lopes, que só se junta à equipa na Austrália.
Devido a compromissos do Lille na liga francesa, Rony Lopes só estará à disposição da equipa para a fase de estágio em Sydney, entre 18 e 26 de maio.
No Centro de Estágio de Rio Maior, a seleção lusa treina hoje às 17:00, numa sessão totalmente aberta à comunicação social.
O primeiro jogo no Mundial é contra o Senegal, dia 31 de maio, às 16:00 horas locais (05:00 em Lisboa), no Estádio Waikato, em Hamilton. Qatar e Colômbia são os outros dois adversários de Portugal na primeira fase.
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