O selecionador português de futebol, Paulo Bento, admitiu que faltaram «algumas coisas essenciais» na campanha de qualificação para o Mundial2014, mas mantém uma «convicção enorme» no apuramento para a fase final, nos “play-offs” com a Suécia.

Em entrevista publicada no site oficial da FIFA, Paulo Bento reconheceu que a equipa lusa «não foi suficientemente competente» para obter a qualificação direta para a fase final e lamentou que Portugal «ainda não tenha conseguido superar o problema» de defrontar seleções teoricamente inferiores.

«[Faltaram] Algumas coisas essenciais. Jogar melhor em algumas partidas, principalmente, nas duas contra Israel e no primeiro tempo contra a Irlanda do Norte em casa. Nesses casos, não mostrámos o nível de jogo que gostaríamos. E até quando jogámos bem faltou-nos algo fundamental, que foi a eficácia», lamentou.

O selecionador português lembrou que Portugal perdeu apenas um jogo no grupo F de qualificação, por 1-0, na Rússia, que terminou no primeiro lugar, mas advertiu que o objetivo de conquistar a qualificação para o Campeonato do Mundo permanece intacto.

«Quando traçámos nossos objetivos, o principal era e continua a ser estar no Brasil. Não será como imaginávamos, terminando em primeiro lugar no grupo. Será na repescagem. Contra a Suécia, iremos com o espírito que a ocasião exige: com confiança e respeito ao adversário, mas com uma convicção enorme de que podemos estar no Brasil2014», indicou.

A seleção portuguesa defronta a congénere sueca a 15 de novembro, no Estádio da Luz, em Lisboa, deslocando-se à Suécia quatro dias mais tarde, a 19, em jogos dos “play-offs” nos quais procura garantir o apuramento para o Mundial, que vai realizar no Brasil, entre 12 de junho a 13 de julho de 2014.

Para o treinador, os grandes favoritos à conquista do título mundial são as seleções da Espanha, atual campeã, do Brasil, país anfitrião e recordista de vitórias no Mundial, com cinco troféus, da Alemanha e da Argentina, pois “contam com bons jogadores, são muito fortes coletivamente e têm história”.

«Portugal não tem a mesma capacidade para convocar jogadores dessas quatro seleções que mencionei. E mesmo assim os resultados dos últimos anos são extremamente positivos: fomos semifinalistas do Euro2000, semifinalistas do Mundial2006 e finalistas do Euro2004. Para o tamanho do nosso país, o trabalho é muito bom», sustentou.