Carlos Queiroz “não foi oficialmente notificado de uma possível suspensão” do Conselho de Disciplina (CD) da FPF e irá “reagir em conformidade” caso se confirme, revelou hoje à Agência Lusa fonte próxima do seleccionador.

“Vamos esperar com muita tranquilidade pelo dia de amanhã (quinta-feira) na expectativa de sermos notificados, sendo certo que iremos reagir em conformidade”, observou a mesma fonte, assegurando que Carlos Queiroz “não foi oficialmente notificado” de qualquer suspensão por parte do CD.

Segundo a Lusa apurou, uma das possibilidades encarada pelo seleccionador passa por um recurso para o Conselho de Justiça (CJ) da FPF de uma eventual suspensão que lhe venha a ser aplicada pelo CD.

No entanto, tal recurso para o CJ não terá efeitos suspensivos sobre a decisão do CD, razão pela qual uma eventual suspensão de um mês do seleccionador teria de ser cumprida de imediato e inviabilizaria que pudesse orientar a selecção nos dois jogos de qualificação para o Euro 2012, frente a Chipre e Noruega, a 3 e 7 de Setembro.

A defesa de Carlos Queiroz encara com estranheza a notícia veiculada pela TVI, visto que este processo de injúria que envolve o seleccionador, por ter alegadamente insultado elementos da brigada do ADoP (Autoridade antidopagem de Portugal) no estágio da selecção na Covilhã, tem uma pena prevista que vai de um mês a um ano.

Na perspectiva da defesa de Carlos Queiroz, se a pena for de um mês, como indica a notícia da TVI, será a prova de que este processo jamais poderia ser arquivado e que o seleccionador só é castigado porque há pressões nesse sentido.

Variando a moldura penal para um processo de injúrias de um mês a um ano, caso fosse provado que o seleccionador as proferiu, dificilmente seria aplicável a pena mínima (um mês), mas sim uma pena intermédia, de cinco ou seis meses, e nunca inferior a três meses.