Maurizio Sarri recusou, esta quarta-feira, a ideia de que haja qualquer incompatibilidade entre Ronaldo e Dybala.
O timoneiro italiano justifica essa realidade com números:
"Não podemos falar em dificuldades entre dois jogadores de classe mundial (...) Não é por acaso que somam 51 golos entre eles", entre os dois", elucidou.
Sobre a possibilidade de Ronaldo descansar frente à Udinese, o técnico recusou essa ideia.
"Falei com ele há 10 minutos e disse-me que se sente em boa forma. Acho que faz parte do ADN dele. Arranja sempre motivação para superar tudo e todos, até mesmo a fadiga que possa sentir. É um campeão em termos mentais", finalizou.
"Falei com o Cristiano e disse-me que se sente muito bem. Tem uma grandíssima capacidade de recuperação, faz parte do seu ADN, como a capacidade de projetar-se até ao próximo objetivo a nível coletivo e individual. As suas capacidades de recuperação física e mental não são comuns", afirmou Sarri durante a conferência de imprensa de lançamento do jogo frente à Udinese.
O técnico italiano confessou a sua estupefação pela forma como Cristiano Ronaldo "consegue superar o cansaço com extrema naturalidade" e reafirmou a ideia de que o português, que apenas perdeu 17 minutos nos 10 jogos da Juventus a seguir à paragem forçada pela pandemia de covid-19, é "um campeão da cabeça aos pés".
O número sete da Juventus é o melhor marcador da Serie A, com 30 golos, empatado com o avançado da Lazio, Ciro Immobile, depois de ter ‘bisado' na segunda-feira no triunfo sobre a equipa romana, dois golos que foram decisivos para deixar a Juventus a um passo do seu nono título consecutivo.
A quatro jornadas do fim, a Juventus, que soma seis pontos de vantagem sobre a Atalanta, segundo classificado com um jogo a mais, e oito sobre o Inter de Milão, terceiro, pode sagrar-se campeão já esta quinta-feira, caso vença em Udine e o Inter não vença hoje diante da Fiorentina, em San Siro, na 35.ª jornada.
Confrontado com as críticas que lhe fazem por parte da imprensa desportiva pela falta de brilhantismo da equipa, procurou defender-se: "O meu interesse sobre esse assunto é relativo porque se trata de opiniões de jornalistas e porque, com todo o respeito, eu sei mais sobre o que se passa na equipa do que eles. Posso parecer presunçoso, posso estar enganado, mas eu tenho todos os dados disponíveis para saber mais do que aqueles que expressam uma opinião. Aceito-a, mas o meu interesse nela é relativo".
Comentários