Ao contrário do que aconteceu nos jogos amigáveis com Inter Milão e Tottenham, Cristiano Ronaldo não foi opção para a partida com a Team K-League (3-3), equipa formada pelos melhores jogadores do campeonato sul-coreano, disputada na semana passada em Seul. Uma ausência que pode sair cara à organização do evento e à Juventus.
Isto porque, de acordo com a organização do encontro, o avançado português deveria ter jogado pelo menos 45 minutos do jogo disputado no World Cup Stadium, em Seul, que registou casa cheia com bilhetes a serem vendidos por um valor aproximado de 180 euros. Ora Ronaldo acabou por não jogar por fadiga muscular.
O processo está a cargo do advogado Kim Min-Ki e começou com a queixa de dois adeptos. “Muita gente comprou bilhetes para ver Ronaldo. A Fasta [empresa responsável pela organização do evento] divulgou que tinha um acordo com a Juventus que estipulava que Ronaldo jogaria 45 minutos e que estaria presente numa sessão de autógrafos com os fãs”, explicou o advogado à agência Reuters.
No processo em causa reclama-se uma indemnização que pode chegar aos 50 milhões de euros, que tem como base a relação entre os "danos morais" causados aos fãs do português, o preço dos bilhetes e o número de espectadores no estádio.
Entretanto, o CEO da The Fasta Inc. confirmou à operadora SBS que o contrato previa, de facto, uma participação de 45 minutos de Ronaldo e que só teve conhecimento de que isso não iria acontecer no início da segunda parte.
"Quando fui pedir explicação a Nedved [vice-presidente da Juventus] tudo o que ele me disse foi: ‘Também queria que Ronaldo jogasse, mas ele não quer. Desculpe, mas não posso fazer nada.' Também fiquei frustrado", revelou Robin Chang.
No estádio estiveram mais de 60 mil adeptos que, em forma de protesto, chegaram mesmo a gritar o nome de Lionel Messi.
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