O ministro do Desporto de Itália, Vincenzo Spadafora, assegurou hoje que “em finais de maio” será possível decidir se a ‘Serie A’ de futebol é retomada ou cancelada em definitivo, face à situação da pandemia da COVID-19.

“Em 04 de maio [segunda-feira], abrimos os treinos individuais, em 18 de maio permitiremos os das equipas e em finais de maio se poderá dizer se recomeça ou não a ‘Serie A’. Faz falta um pouco de paciência. Se não for assim, a alternativa é fazer como a França, e dar por terminada. E não quero fazê-lo”, afirmou o ministro em entrevista publicada hoje pelo Corriere della Sera.

O governante disse ser incapaz de avançar com a data de 14 de junho para um recomeço do campeonato italiano, explicando que não tem elementos científicos suficientes que o sustentem, mas que em meados de maio poderá ter “uma avaliação mais séria”.

Spadafora destacou que o regresso da liga italiana, suspensa desde 09 de março, após a 26.ª jornada, o deixaria muito “feliz”, mas apenas “se estiver acautelada a saúde das pessoas no mundo do futebol”.

Desde segunda-feira que as equipas da ‘Serie A’ estão a preparar o regresso aos treinos, de forma individual, tendo o Sassuolo sido o primeiro a ‘entrar’ em campo.

Itália, Portugal, Alemanha, Inglaterra e Espanha estão entre os países que ensaiam o regresso dos campeonatos nacionais de futebol, ao contrário do ocorrido em França e nos Países Baixos, que cancelaram as competições.

A ‘Serie A’ conta com vários futebolistas portugueses, entre os quais Cristiano Ronaldo (Juventus), Mário Rui (Nápoles), Rafael Leão (AC Milan), Miguel Veloso (Hellas Verona) ou Bruno Alves (Parma).

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 250 mil mortos e infetou mais de 3,5 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.

A Itália é o segundo país com mais mortes associados à doenças, com 29.079 mortos, em quase 212 mil casos, sendo o primeiro os Estados Unidos (68.689, em cerca de 1,2 milhões de casos).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.