O presidente da Liga de italiana de futebol, Paolo Dal Pino, manifestou hoje "total colaboração" com o Governo transalpino, face à pandemia de covid-19, embora considere "absurdo" negar a vontade de terminar a temporada.

Através de um comunicado publicado na página oficial da ‘Serie A’ na Internet, e depois das declarações proferidas pelo ministro italiano do Desporto, Vincenzo Spadafora, que "vê cada vez mais difícil um recomeço da competição", Dal Pino vincou que haverá sempre um “dialogo construtivo”.

"Aprecio as palavras do Ministro. Houve e sempre haverá um diálogo construtivo por parte da Série A e disposição para colaborar no interesse do futebol e do desporto em geral. Temos a certeza de que o trabalho do ministro do Desporto e o nosso visa o bem comum", referiu o responsável pela competição, interrompida em 09 de março.

Dal Pino reconhece o “momento tremendo para o país e para o mundo” e salienta que “apenas unidos e compactos vai ser possível avançar".

Apesar de Spadafora ter defendido para se "seguir o caminho" de França e dos Países Baixos, que abandonaram os campeonatos, o presidente da Serie A quer voltar a ver a bola a rolar nos relvados transalpinos.

"Como todos os italianos, gostaríamos de voltar ao trabalho e viver a nossa vida o mais rápido possível. É normal que a Seria A queira que o futebol seja jogado e seria absurdo negá-lo. Se for possível fazê-lo respeitando as regras, tudo bem. Se não for possível, respeitaremos as decisões do governo", garantiu.

O futebol, num campeonato que conta com o internacional português Cristiano Ronaldo (Juventus), é o único desporto em Itália que pretende terminar a época, tentando evitar perdas de receitas que podem atingir os mil milhões de euros.

Os campeonatos de futebol de França e Países Baixos foram, entretanto, cancelados, enquanto países como Alemanha, Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal preparam o regresso à competição.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 224 mil mortos e infetou cerca de 3,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Cerca de 890 mil doentes foram considerados curados.