O futebolista internacional português Cristiano Ronaldo, que atua na Juventus, considera que 2018, ano marcado pela acusação de violação de que foi alvo nos Estados Unidos, que caiu já em julho último, foi o pior da sua vida.
"2018 foi possivelmente o ano mais difícil para mim. Não a nível profissional, mas pessoal. Quando as pessoas metem em causa a tua honra, dói", afirmou o astro luso numa entrevista concedida a partir da sua casa em Turim, Itália, à estação televisiva TVI, que foi hoje transmitida.
E reforçou: "Possivelmente foi o [ano] mais difícil que tive. Quando jogam contra a tua honra é difícil. Mas, uma vez mais, foi provado que era inocente."
Ronaldo foi diretamente confrontado com o processo que correu nos Estados Unidos por alegada violação a Kathryn Mayorga, há 10 anos, que fez correr 'muita tinta' ao longo do ano passado, mas que terminou há cerca de um mês ,após a Justiça norte-americana ter desistido das acusações, por não poderem ser provadas.
"Os meus amigos e família sabiam que eu era inocente, mas foi muito duro", reconheceu o capitão da equipa das 'quinas', assegurando que, apesar de tudo, conseguiu "desligar" os problemas pessoais na hora de entrar nos relvados.
A Procuradoria de Clark County, nos Estados Unidos, decidiu em 22 de julho não acusar Cristiano Ronaldo por violação a Kathryn Mayorga, alegando que as provas contra o futebolista internacional português não eram inequívocas.
"O gabinete da Procuradoria de Clark County anunciou ter rejeitado a acusação de violação contra Cristiano Ronaldo, por atos ocorridos há 10 anos", referiu o comunicado emitido pela Procuradoria de Clark County nas redes sociais.
No mesmo documento, o gabinete da Procuradoria avançou que "tendo em conta a informação disponível, as alegações de violação contra Cristiano Ronaldo não podem ser provadas, por não serem inequívocas", pelo que "não serão feitas mais acusações".
Em setembro do ano passado, Kathryn Mayorga, nascida em 1984, apresentou uma queixa contra Cristiano Ronaldo por um crime que teria sido cometido em 2009.
O caso foi reaberto depois de a mulher ter apresentado novas informações sobre a alegada violação, colaborando com as autoridades na investigação. No estado norte-americano do Nevada, os crimes sexuais não prescrevem desde que tenham sido devidamente reportados às autoridades.
A defesa de Cristiano Ronaldo sempre disse que o que se passou entre o futebolista e Mayorga foi consensual.
*artigo atualizado às 22h58
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