O guarda-redes belga do Torino Jean-François Gillet foi esta terça-feira suspenso por três anos e sete meses pela Federação Italiana de Futebol (FIGC) pelo envolvimento no escândalo dos resultados combinados no "calcio".

A acusação, formulada pela comissão de disciplina da FIGC, pedira quatro anos de suspensão para o internacional belga, que à época dos factos integrava a equipa do Bari.

Gillet foi suspenso no quadro da segunda investigação ao Bari, aberta desde há dois anos e semelhante à que foi lançada sobre o Cremona e o Nápoles.

O guardião belga, de 34 anos, é suspeito de «irregularidades desportivas» praticadas nos jogos que se presume terem sido combinados na série B italiana (segunda Liga): Bari-Trévise 0-1 (maio 2008) e Salernitana-Bari 3-2 (maio 2009).

A comissão disciplinar da FIGC suspendeu também outros 19 jogadores, entre os quais o capitão do Bari, Francesco Caputo, por três anos e seis meses.

De fora ficaram os futebolistas William Pianu e Nicola Strambelli. As outras suspensões variam entre os quatro anos e os seis meses.

Durante o processo disciplinar, que teve lugar nos passados dias 04 e 05, a comissão aceitou 10 penas negociadas e multas, designadamente para o Bari, que começará com um ponto negativo a época 2013-14.

As penas negociadas são de três meses e 15 dias para Andrea Masiello, que colaborou com a justiça, reconhecendo ter marcado contra a sua equipa no dérbi Bari-Lecce, que a equipa da casa perdeu por 2-0 em maio de 2011.

A Masiello foi também aplicada uma multa de 20 mil euros, a qual vem somar-se à sua suspensão por dois anos e à coima de 30 mil euros que lhe foi imposta após um primeiro inquérito concluído o verão passado.

O escândalo do "calcio" eclodiu em junho de 2011 em Itália, tendo as primeiras investigações lançadas pela justiça de Bari já conduzido a numerosas condenações no plano desportivo.