A venda de Cristiano Ronaldo ao Manchester United será uma das transferências alvo de investigação por parte das autoridades italianas no âmbito da 'Operação Prisma', que levou já à realização de várias buscas junto da Juventus. A imprensa italiana avança mesmo que o internacional português e o seu empresário, Jorge Mendes, poderão vir a ser ouvidos no âmbito da investigação.

A Juventus já confirmou que a polícia fiscal italiana levou a cabo novas buscas ao clube. As buscas prendem-se com a 'Operação Prisma', que investiga documentos relativos à compra e venda de jogadores e as mais-valias aí geradas com direitos, assim como informação relativa à preparação das demonstrações financeiras do triénio 2019-21.

Em comunicado, a Juventus garantiu estar a cooperar com as autoridades italianas na investigação em curso.

“A Sociedade [Juventus] recebeu um novo mandado de busca e apreensão com base nas investigações do procurador do Tribunal de Turim, bem como em relação a alguns dos seus representantes (Andrea Agnelli, Pavel Nedved, Stefano Cerrato e Cesare Gabasio)”, refere em comunicado a Juventus.

"A SAD da Juventus lembra que a investigação pende sobre um eventual crime já referido no seu comunicado de 27 de novembro, referente a transferências expressas na informação financeira de 30 de junho, nomeadamente, "em relação ao valor económico na transferência do futebolista (...) Cristiano Ronaldo".

A indicação do nome do futebolista português surge apenas agora, já depois de buscas realizadas anteriormente, em relação a transações de jogadores efetuadas pela aquela sociedade desportiva entre 2019 e 2021.

Na ocasião, a procuradora de Turim, Ana Maria Loreto, procura saber se os responsáveis da Juventus prestaram informações falsas ao regulador de mercado e se emitiram faturas fictícias sobre transferências.

Segundo a ANSA, autoridade tributária italiana, existem neste momento seis suspeitos, entre os quais o presidente da Juventus, Andrea Agnelli, o vice-presidente Pavel Nedved e o ex-diretor-desportivo, Fábio Paratici. Denominada de 'Prisma', a operação teve início em maio de 2021.

*Notícia atualizada as 12h20 com as declarações do comunicado da Juventus