No início de março, David Astori de 31 anos, capitão da Fiorentina, foi encontrado morto no quarto de hotel em que a sua equipa se encontrava em estágio, para um jogo em Udinese. A autópsia realizada ao corpo do jogador italiano concluiu que Astori morreu de causas naturais.

Até agora, a família do jogador italiano tinha evitado falar sobre a morte do capitão da Fiorentina, mas este domingo, os pais de David Astori quebraram o silêncio.

"Naquela manhã o meu marido e eu planeámos ir à missa e depois votar, mas eu acordei com os meus braços paralizados, com frio, com o corpo vazio, com um sentimento que nunca tive na vida. Eu não sabia de nada, mas ao mesmo tempo era como se soubesse de tudo", disse a mãe do jogador da Fiorentina.

"Quero saber porquê. Não estou à procura de um culpado, porque o que aconteceu foi uma fatalidade e sei que ninguém queria que isto sucedesse, mas ao mesmo tempo quero que não volte a repetir-se, não quero que nenhuma mãe passe por aquilo que estou a passar. Em Itália fazem bons exames, bons testes aos atletas, mas têm de ser melhores e mais seguros ainda. Não quero que o sacrifício do meu Davide tenha sido em vão", concluiu a mãe de Astori.

Já neste mês de dezembro, a Procuradoria de Florença notificou dois médicos italianos no âmbito de uma investigação por possível homicídio involuntário do futebolista. Os dois médicos, que trabalham em clínicas de Florença e Cagliari, cidades de clubes que Davide Astori representou, estão sob investigação por terem atestado da condição física do jogador para competir na Série A (primeira divisão italiana).