Ricardo Quaresma voltou a não figurar nos eleitos de José Mourinho para o desafio deste sábado (19h45, SportTV2), frente ao Catania. No rescaldo do decepcionante empate (2-2) com o Dinamo Kiev, em Milão, para a Liga dos Campeões, o técnico do Inter chamou 19 jogadores, mas não o internacional português.

Na conferência de imprensa de antevisão desse encontro, pouco se falou do Catania. Um pretenso interesse do Liverpool, a vitória do rival AC Milan em Madrid e a difícil formação de Balotelli concentraram mais as atenções. O técnico começou por se mostrar fiel aos 'nerazzurri' e deixou uma promessa: "Eu no Liverpool? Impossível."

Sobre o triunfo histórico do rival 'rossonero' na capital espanhola (3-2, para a Liga dos Campeões), Mourinho distribuiu provocações e felicitações. "O Milan venceu uma partida histórica ao Real Madrid, como perdeu uma com o Zurique. Está próximo da fase seguinte, um empate pode bastar-lhes; se passarem, fico feliz por eles. Nós precisamos de duas vitórias e penso que as conseguiremos", observou.

Finalmente, 'Il Speciale' deu uma explicação para as dificuldades de relacionamento com o jovem Balotelli, cujo potencial tarda em explodir no Inter. "Não quer dizer que seja um fenómeno só porque fez um grande jogo. Para dizer a verdade, fez um grandíssimo jogo e depois fez uma semana de trabalho péssima", atirou o técnico, sublinhando que o vai manter no onze por falta de opções.

"Concluí que o problema do Mario pode ser definido como um problema que envolve quase toda a sua geração. Quando há uma excepção deve ser tratada como um milagre. Um rapaz de 19 ou 20 anos que tem pais equilibrados e que não pensam no dinheiro, que tem irmãos que seguem a sua vida, um empresário que lhe dá tranquilidade, que fique contente por guiar um carro pequeno e não pensa num Ferrari nem num Bentley, é uma excepção e um milagre", adiantou o técnico português, defendendo a necessidade de preservação dessas excepções.