O Nápoles vai exigir ao município de Capri e à região italiana da Campânia uma indemnização de 100 milhões de euros por considerar que foi prestada uma deficiente assistência médica ao seu futebolista Gonzalo Higuaín.

O presidente do Nápoles, Aurelio de Laurentiis, disse hoje que pediu aos seus advogados que avancem com o pedido de indemnização após ver o estado do avançado argentino, que na segunda-feira foi suturado com 10 pontos na cara num hospital da região da Campânia após ter escorregado num iate ao largo da ilha de Capri (sul de Itália).

«Quando vi as fotos de Higuaín disse logo aos meus advogados: vamos pedir 100 milhões de euros de indemnização a todas as instituições que depois daremos à caridade», declarou De Laurentiis à televisão Sky.

O presidente do Nápoles assegurou que «nem em África» acontece o que se passou segunda-feira com o seu jogador e questionou o que estão a fazer as autoridades de Capri e da Campânia.

«Os políticos têm que aprender a lição, porque estou cansado de que não tenhamos centros médicos de nível. Em Capri pode chegar um futebolista, um ator, mesmo um turista qualquer, ter um acidente como o que aconteceu ontem e depois vai a um hospital onde não sabem dar-lhe os pontos», acrescentou Aurelio de Laurentiis.

Higuaín fez o golpe na cara ao dar um mergulho a partir de um iate, num dia de folga. Foi atendido no Hospital Capilupi de Capri, onde foi suturado com dez pontos, oito deles no maxilar, fez uma radiografia para despistar fraturas e deram-lhe alta passadas umas horas.

Hoje o avançado voltou aos treinos, para preparar a partida do próximo sábado frente ao Chievo, da segunda jornada da liga italiana, mas trabalhou no ginásio para evitar eventuais pancadas.