A Série A italiana reencontra-se com a glória dos anos 80 e 90, em que reunia os melhores futebolistas do mundo, ao arrancar para a nova época sob a chegada de Cristiano Ronaldo e a promessa de emoções fortes.
Um homem pode chegar para fazer a diferença num jogo, mas, quando se trata do internacional português, de 33 anos, essa capacidade estende-se à imagem do próprio campeonato. A contratação de Ronaldo pela Juventus ao Real Madrid, por cerca de 100 milhões de euros, está a agitar Itália e a levar os rivais da ‘vecchia Signora’ a apostarem forte para 2018/19.
O estatuto de heptacampeã de Itália vinca claramente o favoritismo do clube orientado por Massimiliano Allegri na conquista de mais um título e a ambição de atingir o topo da Liga dos Campeões. Além do avançado luso, chegaram também a Turim outros nomes de peso, nomeadamente, Emre Can, João Cancelo, Bonucci e Perin, entre outros reforços.
A oposição mais firme aos ‘bianconeri’ esta temporada pode passar pelo Inter Milão, do técnico Luciano Spalletti. Após o quarto lugar de 2017/18, os ‘nerazzurri’ – que se estreiam contra o Torino – estiveram ativos no mercado de transferências, com as entradas de Nainggolan, Lautaro Martinez, Dimarco, Vrsaljko, Politano, Keita Baldé, Stefan de Vrij e Asamoah. Porém, a ‘joia da coroa’ pode ainda estar para chegar, face ao rumor em torno da contratação de Luka Modric.
Na cidade de Milão mora outro concorrente ao título, embora este ano se preveja ainda de transição para o AC Milan. O sonho de retomar a trajetória de sucesso do final do século XX e do início do século XXI – como provam os regressos dos ‘históricos’ Paolo Maldini e Leonardo à estrutura - pode, todavia, ser antecipado pelo sexto classificado do ano passado com o investimento em Caldara, Kalinic, Higuaín, Borini, Bakayoko, Strinic, Pepe Reina e Halilovic.
Quanto ao vice-campeão Nápoles, o futuro é uma incógnita. O fim da ‘era Maurizio Sarri’ abriu caminho ao regresso de Carlo Ancelotti ao país, após nove anos no estrangeiro. Contudo, o mediatismo do novo treinador não teve reflexo nos reforços: Fabián Ruiz, Simone Verdi, Kévin Malcuit, entre outros, parecem longe de poder devolver o êxito dos anos de Diego Maradona.
Por fim, a Roma aspira também a mais do que o último lugar do pódio de 2017/18, num ano em que brilhou ainda ao chegar às ‘meias’ da Liga dos Campeões. O treinador Eusebio Di Francesco garantiu reforços de valor indiscutível, como Nzonzi, Pastore, Justin Kluivert ou o ex-portista Iván Marcano para alcançar um ‘scudetto’ que foge desde 2001 ao clube.
Entre os 20 clubes da primeira divisão italiana há também a reter um contingente português cada vez mais expressivo, passando pelos jovens Pedro Neto e Bruno Jordão, na Lazio, ao veterano Bruno Alves, no Parma.
A representação lusa fica completa com os internacionais Mário Rui (Nápoles) e João Mário (Inter Milão) e com Iuri Medeiros e Pedro Pereira, ambos no Génova.
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