A Juventus assegurou hoje a conquista do seu 30.º título de campeã italiana de futebol e, pela primeira vez em 80 anos, alcançou o “tri”, numa temporada em que reforçou o seu domínio na Serie A.
A Juventus assegurou o título mesmo sem jogar, tendo hoje beneficiado da goleada (4-1) sofrida pela AS Roma, a única que podia alcançá-la na classificação, em casa do Catania. A duas jornadas do fim - faltam três jogos à "Juve", que só cumpre na segunda-feira o seu compromisso nesta 36.ª jornada -, a AS Roma já não tem possibilidades de alcançar o comandante.
O terceiro “scudetto” consecutivo confirma o poderio "renovado" da Juventus após a despromoção ao segundo escalão do futebol italiano, na sequência de um escândalo de corrupção, que retirou ao emblema de Turim as conquistas de 2004/2005 e 2005/2006 – teria 32.
Desde o inédito “penta” de 1930/31 a 34/54, a “velha senhora” não se mostrava tão dominante no futebol italiano, embora tenha começado a temporada com uma séria ameaça vinda da AS Roma.
Comandada pelo francês Rudi Garcia, a equipa da capital iniciou o campeonato com um registo de 10 vitórias consecutivas e prometeu complicar ao máximo a tarefa da formação de Turim.
Contudo, a partir daí, a AS Roma perdeu algum fulgor e, no final da jornada 13, a Juventus subiu à liderança da Serie A e nunca mais a perdeu.
Embora ainda faltem disputar duas rondas, a “Juve” cedeu apenas duas derrotas e três empates em toda a prova, tendo vencido todos jogos que disputou no seu estádio.
Para chegar ao tão ansiado segundo “tri”, depois das incontestáveis vitórias de 2011/2012 e 2012/2013, a formação de Turim pouco mudou, mas surgiu com mais opções ofensivas, com as contratações do argentino Tevez (ex-Manchester City) e do espanhol Fernando Llorente (ex-Athletic Bilbau).
Sob a “batuta” de Andrea Pirlo, que decidiu alguns jogos mais complicados com os seus exímios livres diretos, Tevez contribuiu com 19 golos e Llorente com 15, ajudando a “Juve” a ter o melhor ataque da prova (75).
Na baliza, o veterano Gianluigi Buffon continuou a ser determinante, assim como Chiellini no sector defensivo e o possante francês Pogba a meio-campo.
Antigo médio na década de 90, em que passou mais de uma década a representar a Juventus, António Conte passou do relvado para o banco e pegou na equipa em 2011, tendo reforçado o estatuto de figura histórica do clube.
Como jogador, Conte venceu uma Liga dos Campeões, uma Taça UEFA e cinco campeonatos com a “velha senhora”. Agora, tornou-se no segundo treinador do emblema a conquistar um “tri”.
Além do sucesso no campeonato, a Juventus também levantou a Supertaça no inicio da temporada, tendo apenas falhado, a nível nacional, na Taça de Itália, com uma eliminação frente à AS Roma, nos quartos de final.
Na Europa, a Juventus teve a sua maior desilusão da época, primeiro com um afastamento inesperado na fase de grupos da Liga dos Campeões e, depois, por ter falhado a possibilidade de jogar a final da Liga Europa no seu estádio.
Os italianos chegaram às meias-finais da segunda prova mais importante da UEFA e, com o estatuto de “superfavoritos”, acabaram por ser eliminados pelo Benfica, com uma derrota por 2-1 no Estádio da Luz e um empate a zero em Turim.
Comentários