
Soou a despedida. Depois da derrota do Al Nassr por 3-2 com o Al Fateh, Cristiano Ronaldo recorreu, na noite de segunda-feira, às redes sociais para escrever: "Este capítulo acabou! A história? Essa ainda está a ser escrita. Agradecido a todos".
O decepcionante resultado deixo a equipa orientada por Stefano Pioli fora do apuramento para a Liga dos Campeões Asiática, terminando no terceiro lugar da Liga saudita. E o adeus de Ronaldo, ao fim de duas temporadas no clube, parece agora certo, com o contrato do astro português de 40 anos a expirar no final de junho.
Muitos golos, poucos (ou nenhuns) troféus
Cristiano Ronaldo foi apresentado com pompa e circunstância como jogador do Al Nassr em janeiro de 2023, depois da polémica saída do Manchester United. E, ao que tudo indica, vai despedir-se sem nenhum troféu oficial.
Chegou assim a meio da temporada de 2022/23, para ser orientado então pelo francês Rudi Garcia, e marcou 14 golos em 19 jogos, com o Al Nassr a terminar a Liga saudita no segundo lugar, a cinco pontos do campeão, o Al-Ittihad.
O arranque da temporada seguinte, já sob as ordens de Luís Castro, acabou por trazer o primeiro (e único) troféu coletivo conquistado por Ronaldo nas arábias, com CR7 a bisar e o Al Nassr a derrotar Al Hilal, já orientado por Jorge Jesus, por 2-1 na final da Taça das Federações Árabes, prova que contudo não é reconhecida oficialmente pela FIFA.
Nessa segunda temporada no Al Nassr, a primeira completa, Ronaldo totalizou 50 golos em 51 jogos no conjunto de todas as competições. Só na Liga saudita foram, nada mais nada menos do que 35 golos em 22 jogos. Ronaldo sagrou-se melhor marcador dessa edição da prova mas, mais troféus, nem vê-los: novo segundo lugar no campeonato, finais perdidas da Supertaça e da Taça do Rei Saudita e quartos de final da Champions Asiática.
A temporada 24/25 que agora termina (e que parece então ser a última no Al Nassr), termina novamente com Ronaldo a assinar 29 golos em 35 jogos, 25 dos quais na Liga saudita, repetindo o primeiro lugar na lista de melhores marcadores da prova. Mas desta feita o Al Nassr, agora treinado por Piolli, não foi então além do terceiro posto e ficou-se pelas meias-finais a Champions Asiática.
Em resumo, Ronaldo marcou muitos golos (99 em 11 jogos), foi duas vezes melhor marcador da Liga saudita, mas um único troféu conquistado (numa competição vista como não oficial) acabará certamente por saber a (muito) pouco.
E agora, que futuro?
"A história? Essa continua a ser escrita!", escreveu ainda Ronaldo nas redes sociais, parecendo mostrar que não tem a intenção de pendurar as chuteiras mesmo deixando o Al Nassr.
Depois de, no final de 2024 se ter noticiado que a renovação de contrato com os sauditas era praticamente certa, aos poucos começaram a surgir rumores de que poderia não ser assim.
E, à medida que os meses passavam, foram-se avançando possíveis cenários, todos eles com vista a abrirem a possibilidade de Cristiano Ronaldo alinhar no Campeonato do Mundo de Clubes deste verão.
Uma das primeiras possibilidades de que se falou, e que na altura muitos consideram bastante pouco plausível, foi a de Ronaldo alinhar, pelo menos nessa competição, pelo Inter Miami, formando uma dupla de sonho com Lionel Messi.
Outra hipótese já avançada é a de Cristiano Ronaldo permanecer na Arábia Saudita, mas rumar ao Al Hilal, que vai estar nesse Mundial de Clubes.
No Brasil também se abriram portas, com o Botafogo a surgir na linha da frente, mas com outras possiblidades em cima da mesa.
Também foram noticiadas ofertas vindas dos mexicanos do Pachuca e do Monterrey, bem como dos marroquinos do Wydad e do Raja Casablanca e ainda do Al Ahly, do Egito.
E houve até quem abordasse a possiblidade de Ronaldo representar, no Mundial de Clubes, o Chelsea.
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