Resumo
O FC Porto foi eliminado da Taça da Liga 2016/17 ao perder, esta terça-feira, com o Moreirense por 1-0, com golo de Geraldes (50’), em jogo referente à terceira jornada do Grupo B, disputado no Parque Desportivo Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos. Com este triunfo, a equipa orientada por Augusto Inácio segue em frente para a ‘final four’. FC Porto terminou a partida apenas com nove jogadores (Danilo e Brahimi) em campo e acaba a fase de grupos na última posição.

Momento-chave
O segundo tempo começou com o único golo do encontro, apontado aos 50 minutos. Rebocho cruzou da esquerda para o coração da área, onde apareceu Geraldes, sem marcação, a rematar certeiro para o fundo das redes.

Lances polémicos
- Aos 37 minutos, André André caiu na área do Moreirense e ficou a reclamar grande penalidade. O árbitro Luís Godinho mandou jogar. Decisão acertada
- Já perto do intervalo, o FC Porto voltou a queixar-se de novo lance polémico na área do Moreirense, novamente com André André a ser agarrado e outra vez o juiz a mandar seguir. Na nossa opinião, ficou uma grande penalidade por assinalar
- Aos 79 minutos, o árbitro recuou e, sem ver, chocou contra Danilo. A seguir, o juiz Luís Godinho mostrou o segundo cartão amarelo ao internacional português. Contudo, antes do encontrão, vê-se que o médio portista está a dirigir algumas palavras. Ao ver que o árbitro vai mostrar penalização, Danilo encosta a cabeça no peito de Luís Godinho enquanto continua a protestar. Recorde-se que Danilo protestava por um atraso ao guarda-redes do Moreirense. A análise ao lance mais comentado do jogo dependerá do facto de Danilo ter ou não proferido algumas palavras menos amigáveis ao árbitro antes de este ter esbarrado contra o jogador.

Figuras do jogo
Negativo: Herrera e André André voltaram a não estar um grande nível e por isso toda a equipa falhou, assim como Depoitre, que continua a não trazer nada de novo à equipa, principalmente nos momentos em que há decisões a tomar.
Positivo: Geraldes pelo golo marcado e Rebocho pela solidez que trouxe à equipa de Moreira de Cónegos.

Vozes dos protagonistas
Nuno Espírito Santo: "A reflexão que faço é que na primeira parte o inexplicável é irmos para o intervalo com 0-0. As ocasiões que tivemos foram demasiado claras para que o resultado fosse 0-0. Em relação aos erros de arbitragem, não vou comentar, só porque seria demasiado arriscado da minha parte dizer o que realmente sinto. Mas é um muito mau trabalho do árbitro. Estou revoltado porque não consigo que os jogadores deixem de sentir que o foco é apenas o árbitro. Isso começa a ser por demais evidente. Os árbitros estão a tirar-nos do jogo, e estão a condicionar claramente o nosso jogo. Mas nós temos de ser capazes de fazer com que o jogo se desenrole de outra maneira”.

Augusto Inácio: “Só com um enorme espírito de sacrifício foi possível este resultado perante um grande adversário como é o FC Porto. Ganhámos porque quisemos ganhar. Fomos à procurar do golo. Temos campeões no balneário. "Entrámos nos quatro finais quando ninguém esperava. Há surpresas. Agora todos vão dizer que não temos hipóteses. Vamos com humildade para provar porque estamos entre os quatro melhores“.

Alex Telles: "Faltou o golo, é difícil falar numa hora destas em que o FC Porto fica de fora de mais uma competição. Sinto-me envergonhado, acho que os meus companheiros também se sentem. O FC Porto tem sido penalizado em vários jogos, não só nestes, são penáltis não assinalados. Sinto-me envergonhado. Temos jogo no sábado e há que retomar, mas não nos podemos esquecer dos erros”.

Herrera: "Se me queixo da arbitragem? Creio que eu e todos. Acho que fomos afetados em diferentes ocasiões e isto não pode continuar”.

Curiosidades
- Moreirense chega pela primeira vez na sua história às meias-finais da Taça da Liga;
- O FC Porto não vence desde dezembro 2014 para a Taça da Liga;
- O árbitro mostrou 15 cartões num só jogo da Taça da Liga, sendo este o encontro com mais penalizações da história da prova;
- Esta foi a primeira vitória do Moreirense sobre o FC Porto.