O Benfica é o “rei” incontestável da Taça da Liga, a mais jovem competição futebolística portuguesa, com quatro títulos em seis edições, que podem vir a ser quinta-feira cinco em sete, e apenas uma derrota em 31 jogos.
A formação “encarnada” venceu a prova quatro vezes consecutivas, entre 2008/09 e 2011/12, batendo sucessivamente Sporting, FC Porto, Paços de Ferreira e Gil Vicente, e pode somar quinta-feira um quinto título, face ao Rio Ave, em Leiria.
O Vitória de Setúbal, único clube que derrotou o Benfica na prova, a 31 de outubro de 2007, na segunda mão da quarta ronda, rumo ao triunfo na edição inaugural, e o Sporting de Braga, ainda detentor do título, são os outros vencedores da prova.
Em contraponto com o Benfica, os outros dois “grandes” do futebol luso estão em branco na prova, contando cada qual duas finais perdidas: o Sporting caiu nas duas primeiras e o FC Porto na terceira e na última.
A Taça da Liga “confunde-se” com os “encarnados”, que nem começaram bem, ao caírem na primeira edição face ao Vitória de Setúbal: na quarta ronda, e após um empate a um na Luz, os sadinos venceram em casa por 2-1, com tentos de Matheus e Edinho.
Os sadinos, comandados por Carlos Carvalhal, viriam a vencer a prova, ao derrotarem o Sporting na “lotaria” das grandes penalidades (3-2), com o guarda-redes Eduardo em “grande”.
Começou, depois, o domínio do Benfica, que não mais perdeu qualquer jogo da Taça da Liga, seguindo numa série que já vai em 28 jogos consecutivos sem derrota: 23 vitórias e cinco empates, três dos quais com direito a desempates por penáltis.
Em 2008/09, os “encarnados”, comandados por Quique Flores, chegaram ao seu primeiro título precisamente nas grandes penalidades, que vitimaram novamente o Sporting.
Os “leões” ainda se adiantaram, mas um penálti inexistente, transformado por Jose Antonio Reyes (76 minutos), restabeleceu a igualdade, que se manteve até ao final dos 90 minutos.
Como a Taça da Liga não contempla prolongamento, a prova seguiu para as grandes penalidades e Quim foi “herói”, ao defender os pontapés de Rochemback, Derlei e Hélder Postiga. O Benfica venceu por 3-2, com Carlos Martins a marcar o pontapé decisivo.
Na época seguinte, a vitória foi bem mais categórica, pois incluiu um triunfo por 4-1 em Alvalade, face ao Sporting, nas meias-finais, e outro por 3-0 frente ao FC Porto, na final, com tentos de Ruben Amorim, Carlos Martins e Cardozo.
O segundo sucesso na “era” Jorge Jesus também passou por um triunfo nas “meias” face ao Sporting, desta vez na Luz, e com um golo a acabar de Javi Garcia (2-1). Na final, a primeira fora do Algarve, em Coimbra, o Paços de Ferreira também perdeu por 2-1.
O quarto triunfo consecutivo também teve como ponto alto a meia-final, com o Benfica a receber e bater o FC Porto por 3-2, depois de estar a perder por 2-1, num embate decidido pelo suplente Cardozo, aos 77 minutos. Na final, Saviola selou o triunfo por 2-1 sobre o Gil Vicente, aos 84.
Na época passada, os “encarnados” mantiveram a invencibilidade na “era” Jorge Jesus, mas caíram nas “meias”, frente ao Sporting de Braga. Após um empate a zero, Quim voltou a ser o “herói” dos penáltis, agora na baliza dos “arsenalistas” (3-2).
Depois de afastarem o Benfica, os minhotos acabaram por vencer a sexta edição da prova, ao vencerem na final o FC Porto por 1-0, em Coimbra, graças a uma grande penalidade apontada, em cima do intervalo, pelo brasileiro Alan.
Na presente temporada, e mesmo sempre com muitas poupanças, o conjunto da Luz está de volta à final, em mais um trajeto marcado pela meia-final. Mais de uma hora com 10, segurou o “nulo” no Dragão e, depois, eliminou o FC Porto nos “penáltis” (4-3).
Um novo triunfo está à distância de superar o Rio Ave, que chegou à final às custas do Sporting de Braga, que bateu por 2-1 em Vila do Conde, nas meias-finais, num embate muito polémico, arbitrado por Olegário Benquerença.