O coração grita sempre "Benfica", mas sábado deseja «intensamente» o triunfo do Gil Vicente na Taça da Liga, a melhor prenda que o clube poderia dar à cidade cuja autarquia Miguel Costa Gomes preside.

«Sou benfiquista, mas o meu coração não esta dividido. Naturalmente apoiarei integralmente o Gil Vicente. Até porque o Benfica já tem muitas taças. Uma Taça da Liga vinda para Barcelos, por menos importante que seja em relação a outras competições, é sempre uma grande referência para nós. Gostava que o Gil Vicente ganhasse», confessa o edil.

Em entrevista à agência Lusa, o governante local assume, no entanto, que a missão dos pupilos de Paulo Alves será complicada: «As probabilidades do Gil Vicente são de 30 para 70, mas a equipa já mostrou com os grandes do que é capaz. Num esforço suplementar, que seja um pouco mais capaz e traga a Taça da Liga para Barcelos».

Miguel Costa Gomes diz que «basta 1-0, um golo a mais» e que «não é importante quem marque», pois defende que imperativo mesmo é que «o coletivo funcione e a arbitragem seja equidistante».

«Se tivermos essas componentes vamos ter bom jogo de futebol», afiança.

A cidade ainda está «calma» quanto à discussão das expectativas sobre o jogo, mas «já há burburinho sobre a experiência da ida a Coimbra», onde se disputa a final, sábado.

O presidente da câmara entende ainda que, caso conquiste o troféu, o Gil Vicente pode «mudar o estado de espírito da população, mais triste em momentos de crise», que o país atravessa.

Apesar da frágil situação económica de Portugal e da região, Miguel Costa Gomes acredita que a cidade vai mobilizar-se em torno do Gil Vicente e usufruir da totalidade dos 9 mil bilhetes colocados à disposição do clube.

«Acredito que sim. Que Barcelos se mobilizará para este jogo. Os barcelenses têm acompanhado sempre a atividade do Gil Vicente. Não tenho dúvida nenhuma», vinca.

A autarquia está a «mobilizar-se para consolidar a solidariedade com o clube» e, nesse sentido, está a «falar com empresas amigas no sentido de tentar que o Gil Vicente leve uma série de autocarros», que espera chegue aos 50.