Fabiano que se cuide. Helton está vivo e recomenda-se. O guarda-redes fez uma exibição para lá do brilhante e ajudou o FC Porto a ficar muito perto de garantir um lugar nas meias-finais da Taça da Liga. O empate a uma bola entre FC Porto e Braga na Pedreira, para a quarta jornada da Taça da Liga, teve um pouco de tudo. Penáltis, expulsões, empurrões, reclamações, enfim, matéria para dar que falar durante os próximos dias. Os golos foram marcados por Evandro e Alan, ambos de grandes penalidades muito idênticas: empurrão dos defensores Sasso e Martins Indi a Gonçalo Paciência (mereceu a titularidade) e Zé Luís, respetivamente.

Comecemos pelo árbitro. O Braga - FC Porto tinha tudo para correr bem. As deslocações dos "dragões" à Pedreira costumam ser pacíficas, onde a equipa azul-e-branca, por norma, é feliz, embora sofra muito para derrubar os minhotos. O árbitro acabou por dividir o protagonismo com Helton, ao marcar duas grandes penalidades, uma para cada lado, e expulsar dois jogadores do FC Porto ainda no primeiro tempo, e Antero Henrique, dirigente dos "dragões", ao intervalo.

O critério apertado do árbitro da Associação de Futebol de Braga logo no início do jogo deixava prever que as equipas podiam não terminar com onze. Expulsou Diego Reyes com dois amarelos em duas faltas em apenas sete minutos (o central clama por oportunidades mas vai desperdiçando as que vai tendo) mas não manteve o mesmo critério nos lances seguintes. Os portistas pediram um segundo amarelo para Sasso quando derrubou Gonçalo Paciência num lance idêntico ao do segundo amarelo a Reyes. E voltaram a pedir o mesmo a Tiago Gomes no segundo tempo quando derrubou Gonçalo Paciência numa falta dura.

Mas o lance mais polémico foi o vermelho direto mostrado a Evandro aos 40 minutos, numa jogada com Pedro Santos. O extremo minhoto caiu, prendeu a bola, o médio do FC Porto tentou chutar o esférico que estava por baixo do corpo do jogador bracarense. Cosme Machado considerou agressão e deixou o FC Porto a jogar com menos dois, quando ainda faltavam 50 minutos de jogo.

O segundo tempo foi todo do Braga, com os seus avançados a travarem uma batalha contra Helton, o herói da Pedreira. O guarda-redes mostrou que está "vivo" e a exibição em Braga promete reacender o debate sobre a titularidade na baliza azul-e-branca. Helton negou o golo a Rafa aos 79, a Éder aos 82, a Rafa aos 87, a Alan aos 89 e a Éder aos 90+2, com defesas brilhantes quando os bracarenses já se preparavam para gritar golo. Pelo meios, outras oportunidades desperdiçadas pela turma de Conceição, com remates para fora.

Cercados, bombardeados de todos os lados, os "dragões" não assinaram a rendição. E mesmo com nove, poderiam ter saído com os três pontos se Tello (isolado, permitiu a defesa a Kristsyuk) e Angel tivessem tido mais discernimento para marcar em dois contra-ataques bem delineados pelos azuis-e-brancos. A segunda parte foi quase toda feita em 4-3-1, com Herrera (entrou no segundo tempo para o lugar do estreante Gonçalo Paciência), Ruben Neves e Campaña quase juntos dos centrais, Martins Indi (entrou para o lugar de Quintero ainda na primeira parte) e Marcano, ajudados por Ricardo Pereira e Jose Angel.

Conceição elogiou a exibição dos seus jogadores, muitos deles segundas escolhas, como Luis Carlos, Salvador Agra, Alan, Pedro Santos, Sasso, lamentando apenas ter apanhado um Hélton inspirado.

A equipa de Lopetegui acabou de rastos mas saiu da Pedreira com um empate que o deixa perto das meias-finais da Taça da Liga. O treinador deu os parabéns aos seus jogadores mas, visivelmente agastado, protagonizou uma das flashes interviews mais curtos de sempre, secundado por Pinto da Costa que apareceu para contestar a arbitragem de Cosme Machado.

Os golos e lances polémicos do jogo


As melhores imagens do encontro