O árbitro Pedro Proença ponderou hoje a possibilidade de não dirigir a partida entre o Vitória de Guimarães e a Naval, da Taça da Liga de futebol, por causa da falta de policiamento, mas acabou por ser demovido dessa intenção.
«É verdade que Pedro Proença colocou essa hipótese quando chegou ao estádio, pelo facto de não haver policiamento, mas depois imperou o bom senso e tudo se compôs», disse à agência Lusa o vogal da Comissão de Arbitragem da FPF Antonino Silva, com quem o árbitro lisboeta dialogou antes do início da partida no sentido de ultrapassar o problema.
Pedro Proença, que arbitrou a final da Liga dos Campeões de 2011/12 e a final do Euro2012, comunicou aos responsáveis do Vitória de Guimarães e da Naval que o jogo poderia não realizar-se por entender que não estavam reunidas as condições de segurança devido à falta de policiamento.
O árbitro já se tinha manifestado contra a nova legislação que retira a obrigatoriedade de haver policiamento em todos os jogos, que está em regime transitório depois de ter entrado em vigor a 09 de novembro de 2012.
Recentemente, Fontelas Gomes, candidato à presidência da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), com o apoio de Pedro Proença, Duarte Gomes e Artur Soares Dias, afirmou que a questão do policiamento é uma das suas prioridades e admitiu uma tomada de posição «mais ríspida» caso o governo não seja sensível aos argumentos do setor.