O Sporting foi esta tarde a Arouca vencer por 0-1, no jogo da terceira jornada do grupo C da Taça da Liga, mas não conseguiu evitar o adeus à prova que Jorge Jesus tinha conquistado na última época ao serviço do Benfica. O triunfo do Portimonense em Paços de Ferreira cortou qualquer aspiração leonina pela raiz e ditou a passagem inédita da equipa da II Liga às meias-finais.
A missão não se afigurava fácil para o líder do campeonato, mas a escolha do onze inicial já deixava antever que a Taça da Liga era para esquecer. Jorge Jesus optou pela estreia do guardião Azbe Jug, lançou os reforços Schelotto e Zeegelaar e apostou em elementos pouco rotinados, como André Martins, Matheus Pereira, Montero ou Tanaka. Do outro lado, Lito Vidigal dava continuidade à rotatividade nesta prova, uma vez que já nem tinha hipóteses de seguir em frente.
Curiosamente, foi o Arouca quem criou primeiro perigo no jogo. Logo aos seis minutos, Gonzalez atirou ao lado perante Azbe Jug, depois de beneficiar de uma escorregadela de Paulo Oliveira. Um falhanço clamoroso do jogador do Arouca, mas uma prova do atrevimento dos anfitriões para esta partida.
A toada dominante do Arouca prosseguiu praticamente até aos 20 minutos, já depois de ter pedido penálti numa suposta mão de Ewerton na grande área (10’) e de ter visto Paulo Oliveira quase fazer autogolo aos 17’. Foi assim preciso esperar até aos 20 minutos para o Sporting dar um sinal de real perigo, com André Martins a atirar por cima da baliza de Rui Sacramento.
O jogo ganhou então contornos mais equilibrados, mas o Sporting apresentava lacunas evidentes face ao dinamismo e intensidade habituais. Demasiado passivos e demasiado lentos, os leões eram uma sombra da equipa que tem liderado a Liga. Assim, o nulo chegou sem surpresa até ao apito para o intervalo.
Para o segundo tempo, Jorge Jesus não quis perder mais minutos e lançou Gelson e Carlos Mané para os lugares dos apagados Matheus Pereira e André Martins. Ato contínuo, o Sporting cresceu de imediato no jogo, ao imprimir maior velocidade e ritmo ao encontro. O Arouca passou a ter mais dificuldades para sair para o ataque e começou então o período de maior fulgor do Sporting.
Começaram a suceder-se as ocasiões de golo junto da baliza de Rui Sacramento, mas o golo do triunfo só chegou já a dez minutos do apito final. Na sequência de um livre apontado por Montero, o guardião do Arouca fez uma grande defesa, mas uma defesa incompleta que deixou a bola à mercê no coração da área, onde o holandês Zeegelaar surgiu mais rápido do que todos os outros a encostar de cabeça para o golo. Foi o primeiro golo pelos leões do reforço de inverno contratado ao Rio Ave.
Contudo, os ecos que chegavam de Paços de Ferreira denunciavam que o que era uma missão difícil era agora impossível, em virtude da vantagem do Portimonense no marcador. Consequentemente, o Sporting não conseguiu também ir em busca de mais golos e salvou a honra com um triunfo pela margem mínima, deixando assim a vaga das ‘meias’ para os algarvios. Para o clube de Alvalade –e para o Arouca - é o adeus à Taça da Liga, depois de já ter caído também na Taça de Portugal.
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