A cidade de Guimarães é conhecida por ter adeptos apaixonados e fervorosos. São temidos pelos clubes rivais quando jogam em casa mas também sabem ser dedicados e fieis às cores do seu clube, o Vitória de Guimarães.
Com o apito final no Estádio do Jamor, e consumada a vitória da formação minhota sobre o Benfica por 2-1, na final da Taça de Portugal, o Largo do Toural foi o palco da festa dos vitorianos, que celebraram a primeira conquista do troféu, após presença em seis finais.
Desde o apito final do encontro até à chegada do autocarro, que transportaria a comitiva vitoriana, passaram sete horas. Mesmo assim, a praça no centro de Guimarães esteve sempre muito animada. Durante a espera, os adeptos iam vibrando, com paixão, um triunfo que há muito escapava.
Por volta das 02h45, com o Largo do Toural preenchido por cinco mil adeptos, o autocarro descoberto que transportava a equipa surgiu para o delírio do público presente, que se mostrou incansável no apoio à formação comandada por Rui Vitória, um treinador que tem no seu apelido o nome do clube, e que os adeptos acarinham.
Parados à frente da igreja, entre cânticos e discursos, os elementos do Vitória de Guimarães puxaram pelo público, que há muito os esperava, até que o treinador Rui Vitória revelou o grito de balneário: «Quem é que nós somos? Vitória! Vitória! Vitória! O que é que nós queremos? Ganhar! Ganhar! Ganhar!».
O grito fez dos adeptos os jogadores que não estiveram em campo no Jamor e que, graças a eles, conseguiram levar a Taça de Portugal para o museu do Vitória de Guimarães, explicacava o treinador.
O autocarro seguiu o seu percurso em direção à ultima paragem, mas os adeptos mostraram que queriam mais, seguindo o veiculo, até que não desse mais para segui-lo.