A proibição foi decretada após ter sido detectada "contaminação microbiológica", a qual, segundo revelou à Agência Lusa o delegado de saúde regional, António Tavares, "não foi corrigida apesar das insistências e solicitações dirigidas ao Complexo Desportivo do Jamor durante dois meses".

Luís Sardinha, presidente do Instituto do Desporto de Portugal (IDP), entidade responsável pelo Centro Desportivo Nacional do Jamor, explicou à Lusa que a injecção de desinfectante na água está prevista para o próximo fim-de-semana e que disso deu conta à ARSLVT na passada segunda feira.

A proibição afecta apenas o estádio principal, incluindo os balneários e o café, a secção de râguebi e o ginásio adjacente, deixando de fora o restante edifícios do complexo, que são abastecidos pela EPAL e não pelos dois furos.

"Foram detectadas falhas no tratamento por desinfecção da água proveniente dos dois furos existentes no Complexo Desportivo do Jamor, que se manifestaram por contaminação microbiológica, nomeadamente, por bactérias fecais", informa o comunicado da ARSLVT.

O delegado de saúde regional considerou "não existir o mínimo de garantias no que respeita à qualidade da água desta rede, resultando grave risco para a saúde humana", pelo que decidiu "proibir a sua utilização para consumo humano e banhos, até que sejam corrigidas as anomalias detectadas".

António Tavares recomendou que todo o complexo do Jamor deve ser abastecido pela EPAL e Luís Sardinha assegurou que essa "é uma questão prioritária" para o IDP, ainda que não tenha avançado com prazos para a sua concretização.

O delegado de saúde regional adiantou que já comunicou a sua decisão à Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE), à qual compete zelar pelo seu cumprimento.