O FC Porto voltou a golear o Arouca, desta vez por 4-0, em jogo dos oitavos de final da Taça de Portugal. Depois de ter vergado os arouquenses a uma derrota pesada por 5-1 apenas duas semanas antes em jogo para o campeonato nacional, nova chuva de golos deixou os comandados de Armando Evangelista fora da 'prova rainha' do futebol português.

Se na partida da liga o 'carrasco' tinha sido Mehdi Taremi com três golos, desta vez esse papel coube a Toni Martínez que, entrado ao intervalo, fez um 'hat-trick' em 45 minutos e ajudou a carimbar o passaporte dos dragões para os quartos de final da Taça de Portugal.

A transformação do dragão

Após o empate de sábado diante do Casa Pia, o treinador portista Sérgio Conceição deixou um recado para os seus jogadores. O técnico queria mais intensidade e concentração por parte dos seus jogadores e estes captaram claramente a mensagem.

O onze que começou a partida era praticamente igual ao que começara o jogo diante do Casa Pia (exceção feita à entrada de Cláudio Ramos para o lugar de Diogo Costa), mas os jogadores eram completamente diferentes. Com efeito, e ao contrário do que sucedera no jogo de sábado, os dragões entraram pressionantes e intensos, não dando quaisquer hipóteses ao Arouca de ter bola e sair a jogar.

Com uma pressão alta e intensa a equipa da casa foi recuperando inúmeras bolas em zonas adiantadas, o que lhe permitiu começar a criar lances de perigo junto da baliza adversária. Taremi e Veron deram o aviso nos primeiros minutos com remates dentro da área que acabaram por não ter o melhor destino.

Contudo o avançado iraniano percebeu que a noite não era para marcar, mas antes para assistir. Assim, aos 31 minutos, Taremi lançou Galeno na área e este, descaído para a esquerda e na passada, fez o primeiro da partida com um remate cruzado colocado.

O mais difícil estava feito e os dragões limitaram-se a controlar as operações até ao intervalo perante um Arouca incapaz de se soltar das amarras impostas pelo adversário.

Queres golos? Chama o António

Apesar de estar em vantagem ao intervalo, Sérgio Conceição resolveu mexer na equipa para a segunda parte. O técnico portista trocou Toni Martínez pelo apagado Veron e a aposta não tardou a surtir efeito. Em menos de cinco minutos o avançado espanhol marcou dois golos e pôs fim a quaisquer dúvidas que ainda pudesse haver relativamente ao vencedor.

Aos 54 minutos é novamente Taremi a surgir no papel de assistente e a isolar Toni Martínez que se libertou da marcação e, na cara de Valido, fez o segundo dos azuis-e-brancos no jogo.

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Ainda os adeptos do FC Porto se sentavam nas cadeiras após os festejos do 2-0, eis que Toni Martínez voltou a dar motivos aos portistas para se levantarem; apenas três minutos após o 2-0 e o avançado espanhol a concluir da melhor maneira um cruzamento atrasado de João Mário. A mensagem de Sérgio Conceição tinha chegado com peso aos ouvidos de Martínez.

Com o jogo no bolso os dragões limitaram-se a fazer correr o relógio, promovendo algumas alterações para poupança do plantel. Dessas substituições o destaque vai para Pepe que regressa aos jogos com a camisola azul-e-branca após lesão.

A partida não terminaria sem que Toni Martínez assinasse o seu 'hat-trick'; 93 minutos e novo cruzamento de João Mário sofre um desvio que é aproveitado pelo avançado portista para fazer o 4-0 final.

Com esta folgada vitória o FC Porto está nos quartos de final da Taça de Portugal, continuando assim a defesa do título conquistado na época passada.

A mensagem de Sérgio Conceição parece ter ecoado no balneário e o dragão deu uma resposta à altura após o empate para o campeonato diante do Casa Pia.

O melhor

Dificilmente um jogador que marque três golos num jogo evitará ser considerado o melhor em campo. Apesar de ter jogado apenas 45 minutos, Toni Martínez foi fundamental para a vitória portista, tendo resolvido a partida para os dragões nos primeiros minutos da etapa complementar. Não será de espantar que o espanhol seja titular no próximo jogo.

O pior

Tendo em conta o decorrer da partida, o epíteto de pior em campo não poderá ser individualizado. Neste caso específico o título vai para o meio-campo do Arouca. Submetidos a forte pressão desde o início da partida, os jogadores arouquenses não se conseguiram libertar e sacudir a forte intensidade do adversário. Aí não contaram com um setor intermediário enérgico e capaz de ajudar a equipa construir o seu jogo e apoiar as saídas dos atacantes em rápidas transições.

O que disseram os treinadores

Armando Evangelista: "São estes jogos com um grau de dificuldade elevado que nos fazem crescer"

Sérgio Conceição: "Ainda estamos dentro de todas as competições internas, estamos a fazer o nosso trajeto"

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