Foi um resultado normal, que foi surgindo com naturalidade e que se foi avolumando com o passar dos minutos, aquele que o FC Porto alcançou em Massamá, casa emprestada de um Sintrense que (como era de esperar) nada importunou os azuis e brancos. Mesmo em jeito de 'serviços mínimos', os 'dragões' marcaram cinco golos, seguem tranquilamente para a 4.ª eliminatória da Taça de Portugal e podem continuar a preparar sem sobressaltos o embate de terça-feira com o Milan para a Liga dos Campeões que será, certamente, bem mais complicado.
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O jogo: Devagar, devagarinho, até à goleada final
Já com esse encontro com os 'rossoneri' na cabeça (e também em virtude de muitos dos habituais titulares terem estado ao serviço das suas seleções), Sérgio Conceição colocou em campo apenas quatro jogadores que tinham sido titulares no último jogo do FC Porto, contra o Paços de Ferreira (Marcano, Wendell, Francisco Conceição e Evanilson). Houve oportunidade para dar os primeiros minutos da época a Marchesin na baliza, para Otávio recuperar ritmo competitivo ou para dar mais minutos ao jovem Bruno Costa também no centro do terreno.
Mas foi outro elemento do meio-campo a fazer a diferença. Diante de um adversário que ocupa do 8.º lugar da sua série no quarto escalão foi futebol português, o FC Porto sabia que o primeiro golo ia acabar por aparecer, como apareceu, mas tardou a criar perigo, dado o ritmo lento que colocava no jogo. O primeiro lance de relativo perigo só surgiu aos 15 minutos. Logo depois, porém, apareceu o tal primeiro golo. E que golo! A jogar numa velocidade acima de todos os outros, Sérgio Oliveira ajeitou a bola e atirou colocado para um golaço.
O Sintrense, ainda assim, não se deixou desmoronar ao primeiro tiro que o atingiu e manteve-se compacto, ainda que sempre sem conseguir chegar perto da grande área do FC Porto. Os 'dragões', por seu lado, continuaram sem acelerar muito, e só dez minutos depois voltaram a criar perigo, por Bruno Costa. Logo depois, o inevitável Sérgio Olveira bisava na partida, desta feita na recarga a um primeiro remate de Francisco Conceição (outro dos poucos que tentava dar mais velocidade ao jogo).
Nada mudou, também, com o segundo golo. O Sintrense sem se deixar abalar, o FC Porto sem aumentar de intensidade. Chegou o intervalo, a segunda parte começou, e Sérgio Oliveira voltou a fazer a diferença. Desta feita não marcou, mas fez uma assistência fantástica para Evanilson fazer o 3-0, estavam decorridos minutos da segunda parte. Só aí, sim, o Sintrense começou a dar sinais de fadiga física e anímica.
O FC Porto aproveitou para aumentar o placard, mesmo continuando a não colocar o pé no acelerador. Evanilson bisou (o brasileiro ainda não tinha marcado esta época) e Toni Martínez saltou do banco e também marcou (o espanhol não marcava desde 15 de agosto). A partir daí o FC Porto desacelerou de vez e o Sintrense aproximou-se, enfim, da baliza de Marchesín nos minutos finais, mas sem dar qualquer trabalho ao argentino.
O momento: Golaço de Sérgio Oliveira
Minuto 17: O FC Porto não tinha, praticamente, criado perigo para a baliza do Sintrense quando o médio internacional português de 28 anos recebeu a bola a meio do meio-campo adversário, ajeitou o esférico e atirou um disparo fortíssimo e colocadíssimo para o 1-0. Estava feito o mais difícil...
O melhor: Sérgio Oliveira (claro) num ritmo à parte do resto
Foi, indiscutivelmente, o homem do jogo: dois golos (os dois primeiros do encontro) e uma assistência (para o terceiro). Sérgio Oliveira não estava mesmo para poupanças e foi ele que acabou por fazer a diferença num jogo que, mais tarde ou mais cedo, o FC Porto acabaria certamente por resolver. Mas foi graças a ele que foi mais cedo e não mais tarde.
O pior: FC Porto tardou a criar perigo, Sintrense não criou nenhum
Com um jogo importante agendado já para terça-feira, com vários titulares de fora e frente a um adversário três divisões abaixo, o FC Porto não criou qualquer lance de perigo no primeiro quarto de hora e, apesar de ter chegado ao intervalo a ganhar por 2-0, só desenvolveu quatro jogadas verdadeiramente perigosas na primeira parte. No segundo tempo, com o avolumar do resultado e o desmoronar do Sintrense, os lances de perigo aconteceram com maior frequência, mas nem foram tantos quanto isso. Já o Sintrense, e apesar da diferença de valores entre os dois conjuntos, não foi capaz de entrar uma única vez com perigo na grande área azul e branca.
As reações
Sintrense orgulhoso com a exibição diante do FC Porto
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