O técnico do Ribeirão, José Lemos, bem tinha avisado que queria chegar longe na Taça de Portugal e para já conseguiu a surpresa, frente ao clube orientado precisamente pelo ex-técnico da formação nortenha (Rui Gregório).
Os azuis de Belém entraram convictos da sua posição como ocupantes de um escalão superior e logo aos sete minutos Purovic obrigou o guardião da casa a uma defesa apertada.
Mas, aos 13 minutos, já Augusto começava a dar a entender que os anfitriões queriam surpreender e quase facturava.
O marcador acabou por ser inaugurado aos 21 minutos, por intermédio de Gilmar, que fez a recarga, após jogada combinada entre Tiago Moreira e Feliz.
O Ribeirão acreditou e continuou a ameaçar a baliza defendida pelo estreante Riça – chegou ao Belenenses há pouco tempo para colmatar as ausências prolongadas, devido a lesão, de Semmler e Nené –, primeiro com Ricardo Martins a atirar às malhas laterais (24 minutos) e depois por Vítor Bruno (26).
Aos 32 minutos, Feliz aproveitou uma perda infantil de bola no meio-campo para correr até à entrada da grande área e rematar forte, sem dar hipóteses ao guardião de Belém.
Feito o segundo golo, para surpresa dos visitantes e delírio dos adeptos locais, esperava-se a reacção do Belenenses, mas só aos 40 minutos Celestino ameaçou com perigo a baliza defendida por Hugo Magalhães.
Na segunda parte, já com os nervos à flor da pele, as principais oportunidades foram repartidas, com destaque para as tentativas de Cale, que atirou, de longe, por cima (53 minutos) e Vítor Bruno, ao poste (61).
Aos 70 minutos, Feliz ainda introduziu a bola na baliza adversária, mas o juiz portuense Rui Costa considerou que a bola foi jogada com braço.
Já nos descontos, o guarda-redes local protagonizou a defesa da tarde, após remate cruzado de Camará.
Os lisboetas podem-se queixar das saídas tardias e demoradas de campo nas substituições ou das quedas para o chão, mas os minhotos tiveram o mérito de saber impor-se deste início, perante um conjunto apático e que tinha obrigação de fazer mais.
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