Os mais de 300 desportistas, de todas as modalidades do clube (futebol, futsal e taekwondo), estão “estampados” na caderneta “Cromos do Juventude”, posta à venda há cerca de um mês, no âmbito das comemorações do 92.º aniversário da colectividade alentejana.

Tanto para os dirigentes, como para os fabricantes, a “febre dos cromos” está a exceder todas as expectativas, garante o presidente do Juventude de Évora, Amadeu Martinho, adiantando que já foram vendidos “à volta de 65 mil cromos e cerca de 300 cadernetas”.

Uma “correria" que “movimentou, praticamente, toda a cidade”, observa à agência Lusa o dirigente desportivo, prevendo que, dado o sucesso da iniciativa, “as vendas de cromos, no mínimo, dupliquem”.

“Sempre pensámos que a iniciativa levasse mais tempo para alcançar o sucesso, mas está a ser, realmente, um acontecimento fora do comum”, considera Amadeu Martinho, explicando que a ideia “surgiu há cerca de dois anos”, mas só actualmente “teve pernas para andar”.

Também ele coleccionador, o presidente do clube alentejano afiança que os interessados nos “cromos do Juventude” vão dos “oito aos oitenta anos” e garante já ter visto “pessoas de meia-idade a fazer colecção e a trocar cromos, arrastados pelos mais novos”.

“Já estamos a pensar que para o ano vamos repetir, mas com outras novidades na colecção”, promete.

Sobre o jogo dos oitavos de final da Taça de Portugal em futebol, frente ao FC Porto, marcado para dia 11 deste mês, no Estádio do Dragão, o dirigente do clube alentejano adianta que “já estão dois autocarros preenchidos” com adeptos juventudistas.

“Sabemos que há mais excursões e pessoas que vão em transporte particular”, diz Amadeu Martinho, garantindo que “tem havido muita procura de informação sobre o preço dos bilhetes”.

Alegando que o clube alentejano “vive dias difíceis de tesouraria”, o presidente o presidente do Juventude de Évora afirma que a receita do jogo com os dragões “vem na altura ideal”.

“Quando clubes como o Juventude entram na taça, a meta é atingir uma eliminatória em que tenha de jogar com um dos grandes do futebol português, porque, independentemente da visibilidade que dá ao clube, vai trazer aquilo que também precisamos que é uma receita extra”, afirma.