Com 24 finais já disputadas e 14 títulos na carteira - esta é a terceira final consecutiva e a sexta nas últimas 10 temporadas -, o FC Porto é claramente superior ao Desportivo de Chaves, que, ainda assim, certamente tentará vender cara a derrota.

Caso semelhante aconteceu em 2001/02, quando o Sporting, então campeão nacional, sofreu para vencer por curto 1-0 o Leixões, formação que, então, passeava pela II Divisão B.

No encontro de domingo, contudo, deve esperar-se uma atitude aguerrida dos flavienses, que esta temporada já "bateram o pé" a várias equipas consideradas superiores, perante um FC Porto "ferido na alma".

Os "dragões", detentores do ceptro (1-0, ao Paços de Ferreira), perderam o campeonato para o Benfica e nem conseguiram aceder à Liga dos Campeões, já que o Sporting de Braga surpreendeu e alcançou um inédito segundo lugar.

Além disso, o FC Porto está "obrigado" pelos adeptos a conquistar algum título esta temporada (além da Supertaça), já que na outra final do ano (Taça da Liga) foi derrotado pelo rival da Luz por 3-0.

Convém, no entanto, contar com a ânsia do Desportivo de Chaves, preocupado apenas com a alegria de estar presente pela primeira vez no estádio do Jamor.

Os flavienses eliminaram, entre outros, o Paços de Ferreira, a Naval e o Beira-Mar e, apesar de despromovidos, contam com uma equipa unida, ainda que com alguns jogadores importantes lesionados e em dúvida, como sejam Carlos Pinto, melhor marcador da equipa, e ainda o guarda redes Rui Rego.

Manuel Tulipa, o treinador do Desportivo de Chaves, foi jogador das camadas jovens do FC Porto e campeão do Mundo de sub-20 (em Lisboa), embora tenha, como técnico, um percurso ainda pouco dado a grandes encontros e sobretudo contra equipas de forte potencial, como é o caso da formação "azul e branca".

Os "dragões" têm ainda a motivação extra de poder oferecer ao treinador Jesualdo Ferreira (que pode estar de saída) a segunda Taça de Portugal consecutiva e o sexto título da sua carreira no FC Porto.