Rui Gomes da Silva, vice-presidente do Benfica, criticou esta quinta-feira os dirigentes do FC Porto, dizendo que não vale tudo no futebol, depois de o autocarro dos “encarnados” ter sido apedrejado após o jogo entre as duas equipas.
O dirigente das “águias” elogiou o trabalho da PSP, referindo que, das vezes que foi ao Dragão, esta foi aquela em que notou «maior eficácia da actividade da polícia».
«Mas acho que o trabalho que tem de ser feito é a nível dos responsáveis pelos clubes, neste caso o FC Porto, que tem de se capacitar que num jogo de futebol não pode valer tudo. As pessoas se forem alertadas para esse facto e, se houver apelos dos responsáveis para que essas situações não se repitam, é possível irmos ao futebol», afirmou.
À margem de uma homenagem da Federação Portuguesa de Futebol a Eusébio, Rui Gomes da Silva revelou que à ida para o Estádio do Dragão, onde o Benfica venceu por 2-0, em jogo da primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal, foi atirada «uma pedra grande», que acabou por acertar no carro onde ia.
«Depois, à saída, junto aos Carvalhos, a cerca de 12 quilómetros do Porto, há uma chuva de pedras que atinge o autocarro do Benfica, parte o vidro do autocarro e nós, como primeiro carro a seguir ao autocarro, levámos com uma chuva de vidros, um cenário indescritível», adiantou.
O dirigente disse que não é da sua responsabilidade apresentar queixa à PSP, mas recordou que à chegada ao estádio foi dado conhecimento do que tinha acontecido, enquanto, no regresso, considerou que a polícia saberá o que aconteceu, «porque, não tendo caído nenhum meteorito, terá sido uma pedra» que atingiu o autocarro.
«Podemos ser do Benfica e ter algumas queixas da arbitragem, nomeadamente a própria expulsão que não terá acontecido, mas isso não justifica tudo, não justifica que sejamos apedrejados só porque fomos a um estádio ganhar 2-0, fazer uma grande exibição, frente a uma equipa que respeitamos, que tem qualidade, mas que ontem [quarta-feira] foi nitidamente inferior», frisou.
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