Jorge Jesus tem domingo mais uma grande oportunidade, na sua terceira final, de concretizar o sonho de infância de ganhar a Taça de Portugal em futebol, prova em que compre a 22.ª época como treinador.

Foi no Jamor que Jorge Fernando Pinheiro de Jesus, então um menino de 13 anos, viu o avô morrer a seu lado, quando assistia à final de 1966/67, que o Vitória de Setúbal conquistaria, ao bater a Académica por 3-2, após prolongamento.

Para homenagear o avô, Jesus passou a ter o desejo, o objetivo, de vencer ali uma Taça de Portugal, mas ainda não o conseguiu, estando a terceira presença no Jamor, em oito anos, marcada para domingo, frente ao Rio Ave.

Na época passada, Jesus chegou pela primeira vez ao Jamor como favorito, ao comando do Benfica, frente ao Vitória de Guimarães, mas, depois de ter começado a vencer, com um golo feliz de Gaitan (30 minutos), o troféu “fugiu-lhe entre os dedos”, por culpa de golos de “rajada” de Soudani (79) e Ricardo (81).

Estava perdida a segunda final, depois de uma primeira, em 2006/07, ao comando do Belenenses, que resistiu quase até ao final face ao Sporting, mas caiu aos 88 minutos, por culpa de um golo do brasileiro - depois internacional luso - Liedson.

Após essa derrota, Jesus prometeu “ganhar as outras”, mas não o conseguiu em 2012/13 e, para piorar, saiu de forma traumatizada do Jamor, empurrado por Cardozo, num final de temporada de pesadelo para o clube da Luz.

Menos de um ano volvido, eis que conquistou nova oportunidade, desta vez depois de deixar pelo caminho os outros “grandes”, o Sporting e o FC Porto. A ocasião ideal para “apagar”, de vez, todos os “fantasmas” que ainda pairam.

Como treinador, ao serviço de Amora, a primeira vez em 1989/90, Felgueiras, Estrela da Amadora, Vitória de Setúbal, Vitória de Guimarães, União de Leiria, Belenenses, Sporting de Braga e Benfica, Jesus está a cumprir a 22.ª época na prova.

A lista de clubes que “eliminaram” Jesus é, assim, longa, do União Santiago do Cacém, na segunda ronda de 1989/90, ao Vitória de Guimarães, na última final.

Pelo meio, foi batido por Olhanense, Moreirense, Benfica, Farense (duas vezes), Penafiel, Sporting de Braga (duas), Dragões Sandinenses, Louletano, Paços de Ferreira (duas), Sporting (duas), Naval 1.º de Maio, Nacional, Vitória de Guimarães, FC Porto e Marítimo, mas nunca pelo Rio Ave.

No total, no seu percurso na Taça de Portugal como treinador, Jorge Jesus totaliza 41 vitórias, seis empates e 21 derrotas, com 115 golos marcados e 62 sofridos.

Antes, na sua etapa como futebolista, de 1973/74 e 1988/89, as equipas que representou não chegaram sequer à final: o mais perto que esteve foi nas meias-finais, com o Sporting, em 1975/76, sem jogar, e o Vitória de Setúbal, em 1980/81.

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