O treinador do Vitória de Setúbal, Manuel Fernandes, defendeu hoje que a equipa sadina tem as mesmas hipóteses que a Académica em vencer o jogo de sexta-feira, referente aos quartos de final da Taça de Portugal em futebol.
«A Académica e o Vitória são equipas semelhantes com sistemas diferentes, com valores semelhantes, com tradições, no futebol e na Taça, que também são muito semelhantes», justificou.
Convicto de que há «50 por cento» de possibilidades de apuramento para cada uma das duas equipas, Manuel Fernandes disse que se trata de um jogo que todos querem ganhar para tentarem chegar ao Jamor, «um feito bonito e histórico para os treinadores, jogadores e para os clubes».
Mas, para o técnico sadino, o Vitória de Setúbal só conseguirá triunfar em Coimbra se os jogadores estiverem muito concentrados, se forem solidários dentro de campo e se conseguirem ser tão «eficazes e fortes nas transições, como foram no último jogo (2-2 frente ao Sporting de Braga)».
Manuel Fernandes garantiu também que nenhuma das duas equipas vai querer desperdiçar a oportunidade de seguir em frente na competição, até porque, «com as meias-finais da Taça de Portugal disputadas a duas mãos, as equipas pequenas têm cada vez menos possibilidades de chegar à final».
Sobre a Académica, Manuel Fernandes disse ainda que se trata de uma equipa que joga com o mesmo modelo de jogo com que jogava no tempo de André Villas-Boas e de Jorge Costa, e que, por isso, já existem rotinas implantadas há cerca de um ano e meio.
O treinador do Vitória de Setúbal lembrou, no entanto, que os jogadores sadinos também têm de sentir que têm possibilidades de vencer o jogo dos quartos de final, atendendo ao percurso que já efectuaram na prova.
«Para chegarmos até aqui passámos por três obstáculos muito duros. Em Barcelos não é fácil uma equipa como o Gil Vicente, o Marítimo fácil não é, e, com o Sporting, em casa, também não é fácil», disse.
Na conferência de imprensa de antevisão do jogo com a Académica, Manuel Fernandes deixou alguns elogios ao árbitro Hugo Miguel, que vai arbitrar o jogo Académica – Vitória de Setúbal, afirmando que se trata de «um jovem valor» da arbitragem portuguesa, que «deixa jogar (…) e não apita por tudo e por nada».
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