A SAD do Nacional da Madeira acusou esta quinta-feira em comunicado a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) de centralizar a negociação dos direitos televisivos da Taça de Portugal, tendo o organismo negado os argumentos insulares.

No comunicado disponibilizado no seu sítio oficial, o clube madeirense mostrou-se desagradado com a gestão e distribuição dos direitos televisivos da Taça de Portugal, acusando a federação de não negociar e não comunicar os termos em que esses mesmos direitos vão ser distribuídos.

«A Federação não é a única detentora dos direitos de transmissão televisiva da Taça de Portugal. No entanto, e ao que parece, chamou a si todas as decisões no processo de negociação e de distribuição das verbas angariadas. O CD Nacional, Futebol SAD, não foi comunicado quer pela via associativa, quer pela via federativa, os termos em que esse processo negocial foi estabelecido», lê-se.

Acusando a federação de comercializar a «festa do futebol» ao preço da «uva mijona», o Nacional questiona as vantagens da centralização dos direitos por parte das entidades organizadoras, ameaçando recorrer à Comissão Europeia, uma vez que considera a atitude da federação como desrespeitadora dos direitos comunitários da concorrência.

«Esta situação leva-nos a duvidar que num processo de custo/benefício será uma mais-valia para o futebol em Portugal continuarmos a caminhar no sentido da centralização dos direitos televisivos, por parte das entidades organizadoras do produto futebol», assegurou o clube insular.

A FPF reagiu também em comunicado, defendendo-se das acusações do clube madeirense.

O organismo esclareceu que não encetou qualquer tipo de negociação com qualquer entidade tendo em vista a cedência dos direitos televisivos da competição, realçando que o contrato em vigor foi assinado em 2009 e vigora até 2014.

No mesmo texto pode ler-se que a direção atual da FPF decidiu alterar a forma como os direitos serão distribuídos, assegurando que mais clubes serão contemplados monetariamente.

«A direção decidiu distribuir de forma diferente as verbas oriundas do contrato de cerca de 3.500.000 de euros, permitindo a mais clubes obterem receitas por via da participação nesta competição, independentemente de os jogos em que participem serem transmitidos na televisão. Deste modo os clubes participantes na terceira eliminatória vão receber três vezes mais do que recebiam a temporada anterior e, nesta época, ao contrário do que acontecia, vai haver sempre prémio de participação entre a quarta eliminatória e as meias-finais», garante a federação.

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