O Nacional qualificou-se hoje para os oitavos de final da Taça de Portugal em futebol, ao vencer em Paços de Ferreira na “lotaria” das grandes penalidades (5-4), após 2-2 no final do prolongamento.

Num jogo de fraca qualidade, mas de grande intensidade, venceu a equipa mais feliz, a que desperdiçou uma vantagem de dois golos, jogou parte do prolongamento em vantagem numérica, após expulsão por acumulação de cartões amarelos de Josué (aos 97 minutos), e beneficiou de um erro do árbitro.

Jorge Ferreira não sancionou uma grande penalidade por mão de Claudemir, na área do Nacional, aos 99 minutos.

A colocação do pacense Manuel José a defesa direito e o avanço para o meio-campo de Filipe Anunciação pretendeu equilibrar defensivamente um sector por onde surgia um Mateus muito rápido e difícil de marcar, enquanto Luisinho, à esquerda, também se resguardou nas ações ofensivas, para ficar mais atento a Diego Barcelos.

Esta estratégia retirou capacidade ofensiva à formação nortenha e não anulou as falhas defensivas, de que resultaram os golos do Nacional: Neto apontou o primeiro, aos 27 minutos, e Mateus aumentou a vantagem, aos 40, pondo a nu as fragilidades da formação orientada por Luís Miguel, despedido ao intervalo por assobios e lenços brancos dos adeptos.

Com alma e alguma felicidade à mistura, o Paços de Ferreira reagiu à adversidade no segundo tempo e anulou a desvantagem, com dois tentos de Melgarejo, aos 55 e 63 minutos, conseguindo adiar a decisão para o prolongamento.

Nos 30 minutos do tempo extra, o Nacional foi quem esteve mais perto da vitória, com Skolnic e Mateus a enviarem a bola ao ferro, no mesmo lance, aos 105 minutos.