A vitória suada do FC Porto diante o Famalicão gerou também bastante confusão dentro das quatro linhas e um momento que saltou à vista envolveu Pepe, Collombatto e o árbitro Manuel Mota.
Em declarações à flash interview da RTP, o central portista não foi de meias-palavras e denunciou insultos racistas em campo, sem a intervenção da equipa de arbitragem:
"É triste isso acontecer entre atletas deste nível. Infelizmente, o árbitro não teve coragem. Ele ouviu perfeitamente. Chamou-me de mono [macaco]. Todos sabem o que é. Não saí do campo porque respeito as pessoas que estavam aqui no estádio e as que estavam em casa a pagar para ver televisão. É lamentável, ainda para mais à frente do árbitro. Ele ouviu. Estava atrapalhado, dizia que não tinha sido mono. Espero que na próxima o VAR veja isso, que veja o que ele disse", atirou.
E prosseguiu: "Sou capitão do FC Porto e da seleção portuguesa, respeito a profissão que tenho e acho que temos de dar o exemplo, independentemente de ganhar ou perder. Nunca podemos humilhar o próximo. Num jogo como o de hoje, com tantas câmaras e com um árbitro ali ao pé, isto gera-me indignação".
As críticas a Manuel Mota não se ficaram por aqui: "Se o chefe maior dentro de campo não tem essa coragem, quem é que vai ter? Repito, é inadmissível. Disse-lhe que estava decepcionado com ele e não o cumprimentei. Não merece, mesmo com o respeito que tenho pelo senhor. Ele tinha autoridade e provas para mudar algo no nosso futebol", acrescentou.
Entretanto, o treinador do Famalicão, João Pedro Sousa, desmentiu qualquer insulto do seu jogador: "Sejam jogadores, treinadores, dirigentes ou polícia, quem disse que ele chamou alguma coisa é mentiroso. É mentira. Sou testemunha, acredito no que o meu jogador [Colombatto] disse e nem preciso de testemunha, é mentira", referiu em declarações à RTP.
Com o 3-2 final, os Dragões garantem assim o apuramento para a final da Taça de Portugal.
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