O Desportivo de Chaves afastou esta sexta-feira o FC Porto da Taça de Portugal nas grandes penalidades do encontro da quarta eliminatória, depois de um encontro sem golos no tempo regulamentar e no prolongamento. Um duelo dividido acabou por ter mesmo de ser decidido na marca de grande penalidade e aí os heróis foram o guarda-redes António Filipe, que defendeu três penáltis, e Leandro Freire, autor do penálti vitorioso.
Nuno Espírito Santo mudou pouco na equipa, em comparação com o duelo com o Benfica, fazendo entrar apenas André André e Silvestre Varela para os lugares de Óliver Torres e Corona. A dupla André Silva/Diogo Jota manteve-se no ataque. O duelo arrancou e foi a equipa da casa, a jogar de cor-de-rosa, aquela que criou o primeiro momento de algum perigo. Paulinho cruzou e William apareceu a cabecear, falhando por muito pouco a baliza de José Sá, que rendeu Casillas na baliza portista.
Os portistas procuravam criar algum perigo, mas o jogo estava muito disputado e com poucos espaços para explorar nas duas defesas. Assim, Varela teve de tentar o remate de longe, mas António Filipe defendeu tranquilamente. Aos 22', Diogo Jota 'puxou' o guardião para fora da baliza flaviense e entregou a bola a Otávio, mas o brasileiro não acertou na baliza desocupada.
Sempre com dificuldades para ultrapassar o setor mais recuado de uma equipa muito bem montada por Jorge Simão, o FC Porto acabou por não conseguir marcar qualquer golo até ao intervalo. Em cima do apito do árbitro, uma boa combinação terminou nos pés de Diogo Jota, que rematou para defesa de António Filipe, após desvio de um jogador flaviense.
O segundo tempo trouxe lances mais perigosos, a começar com uma oportunidade para André Silva aos 55 minutos. Otávio entregou a Varela e o extremo cruzou para o goleador portista, que rematou para defesa de António Filipe.
Aos 66' foi André André quem tentou a sorte de fora da área com um grande remate, mas a bola acertou em cheio no ferro da baliza do Chaves. Logo depois, quase surgia o golo da equipa da casa, quando José Sá comprometeu perante William, mas a defesa portista acabou por resolver o lance.
Insatisfeito com a produção ofensiva da equipa, Nuno Espírito Santo optou por lançar o belga Depoitre para o lugar de Otávio e Jorge Simão respondeu colocando Hamdou Elnouni no lugar de Fábio Martins. Jogava-se o minuto 80 e os golos continuavam a tardar em Chaves. O tempo regulamentar acabou mesmo por terminar sem golos, com Danilo a Diogo Jota a não conseguirem finalizar duas boas oportunidades nos momentos finais.
Com o marcador por desbloquear, a partida seguiu para prolongamento, e a primeira metade contou com dois lances polémicos. Primeiro, os adeptos portistas pediram grande penalidade por toque com a mão de Freire. Depois, Evandro rematou contra o braço de Assis e, mais uma vez, João Capela não assinalou penálti a favor do FC Porto. Em cima de mais um intervalo, Depoitre teve uma bela oportunidade para marcar mas atirou por cima.
A segunda metade do prolongamento trouxe uma ocasião de ouro para o Chaves, mas Elhouni, na cara de José Sá, permitiu a defesa do guarda-redes 'azul-e-branco'. Já perto dos 120 minutos, Paulinho tentou aliviar uma bola na grande área flaviense mas de forma incrível acabou por desviar a bola na direção da própria baliza, com a bola a passar perto do poste. Por pouco o encontro não foi decidido através de um auto-golo.
Depois de mais 30 minutos sem golos, o encontro teve mesmo de ser decidido nas grandes penalidades. Aqui, a fortuna sorriu ao Desportivo de Chaves. António Filipe defendeu os penáltis de Layún, Depoitre e André Silva e o Chaves venceu por 3-2, com Leandro Freire a apontar o penálti vitorioso. Layún, Depoitre e André Silva falharam para o FC Porto, que se despede assim de forma prematura do sonho de vencer a Taça de Portugal.
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