O presidente do Benfica queixou-se hoje de um penálti por assinalar a favor dos ‘encarnados’, diante do Sporting de Braga, e lamentou a falta de critério do árbitro na partida dos ‘quartos’ da Taça de Portugal de futebol.

Após o duelo de quinta-feira, em que os bracarenses venceram 5-4 no desempate por penáltis, após a igualdade 1-1 ao fim de 120 minutos, o dirigente considerou que Gonçalo Guedes sofreu falta de Tormena no interior da área bracarense, aos 19 minutos, numa grande penalidade que, caso fosse assinalada, poderia ter valido o 2-0 aos ‘encarnados’, que, então, já venciam precisamente com um tento do internacional português.

“Começámos com domínio claro, com primeira meia hora excelente, e fomos impedidos de fazer o 2-0. Há um penálti claríssimo sobre o Gonçalo Guedes, não sou eu que digo, são as imagens que o mostram”, começou por dizer Rui Costa, na zona mista do Estádio Municipal de Braga.

O líder das ‘águias’ lembrou ainda que o árbitro desta partida, Tiago Martins, foi o mesmo que esteve envolvido na marcação de uma grande penalidade contra o Benfica no último dérbi com o Sporting (1-1), na altura por falta de António Silva sobre Paulinho.

“[Este] Foi o mesmo árbitro [Tiago Martins] que fez de videoárbitro [VAR] na Luz e quase obrigou o [Artur] Soares Dias a marcar o penálti contra nós no Benfica-Sporting, em lance quase com a mesma dinâmica. E neste, com mais intensidade, fez vista grossa”, disse.

Rui Costa admitiu que a expulsão de Bah, com cartão vermelho direto aos 31 minutos, após falta sobre Pizzi, é “muito clara”, mas afirmou “não compreender” a avaliação diferente de Tiago Martins na falta de Racic, aos 55 minutos, tendo lamentado a falta de intervenção do responsável pelo VAR, Fábio Melo.

“É inadmissível como não chamaram o árbitro ao VAR. O senhor Fábio Melo não é virgem nestas situações. Não se compreende o mesmo árbitro e VAR terem dois critérios diferentes no mesmo jogo”, referiu, tendo considerado que o Benfica fez “de tudo para continuar” na Taça de Portugal, antes de concluir: “Não nos deixaram”.

Os ‘encarnados’, recordistas de troféus (26), adiantaram-se por Gonçalo Guedes, aos 15 minutos, mas ficaram reduzidos a 10 elementos aos 31, por expulsão de Alexander Bah, pouco antes de o líbio Al Musrati repor a igualdade para os minhotos, aos 36.

Com a igualdade a subsistir até ao final do tempo regulamentar e, depois, do prolongamento, em que o Benfica ainda viu Morato também ser expulso, aos 120 minutos, o duelo acabou por ser decidido da marca do castigo máximo, com o norueguês Aursnes a ser o único a falhar um pontapé.

Nas meias-finais, que serão disputadas a duas mãos, o Sporting de Braga vai defrontar o Nacional, da II Liga, que na quinta-feira eliminou o Casa Pia, ao vencer por 5-2 no prolongamento.

A outra meia-final vai colocar frente a frente o FC Porto, detentor do troféu, e o Famalicão, que na quarta-feira bateram Académico de Viseu e BSAD, respetivamente.