Declarações de Roger Schmidt, treinador do Benfica, na antevisão do jogo com o Caldas, da 3.ª eliminatória da Taça de Portugal.
O que espera do Caldas? "Espero um jogo da Taça, que é sempre diferente, sei como são estes tipos de jogos. Nunca os subestimo. Adoro esta competição, porque jogas sempre contra um vencedor, e, no final, só resta uma equipa. As outras todas saíram, a certo ponto. O mais importante é levar tudo muito a sério, desde a primeira eliminatória. No final não terás de te preocupar com a motivação dos jogadores, mas, no início, tens de garantir que estão focados em fazer um bom jogo. Preparámo-nos para isso, falámos sobre isso. Queremos fazer um bom jogo, tentaremos fazê-lo de forma inteligente, mas estamos preparados para um jogo difícil".
Motivação para o jogo: "É importante falar com os jogadores sobre as diferentes competições. Desde o início da época que tentamos estar muito focados em todas as provas, para darmos o nosso melhor e lutar por títulos. Todos dizem que talvez seja a maneira mais simples de conquistar, porque são só sete rondas, que só tens de vencer sete jogos para conquistar o título, mas, olhando para as estatísticas, talvez seja a mais difícil. Nos últimos 25 anos, o Benfica só por três vezes conquistou a Taça de Portugal. Ou seja, é muito difícil vencer esta competição. Tentaremos mudar o chip da Liga dos Campeões para a Taça. Os meus jogadores já demonstraram que têm sempre uma boa atitude e espero isso, amanhã".
Vai mexer na equipa? "Vamos ver, ainda não tomei as últimas decisões, por isso, podemos mudar alguns jogadores. Já demonstrámos que podemos fazê-lo sem grande impacto na equipa, como aconteceu contra o Rio Ave onde mudámos cinco ou seis jogadores e fizemos um bom jogo. Espero que joguemos a um bom nível".
Benfica não ganha a Taça há quatro épocas: "É muito importante voltar a vencer. Da minha experiência sei que, chegando às finais, é sempre uma prova muito especial. É diferente do campeonato. Chegando à final da Taça e vencendo, são sempre dias fantásticos, com muita emoção. É por isso que ambicionamos muito demonstrar, amanhã, a atitude certa, fazer um bom jogo e vencer".
O seu filho festejou com camisola de Enzo. Teme perder o jogador já em janeiro? "O meu filho gosta do estilo de jogo do Enzo, tal como eu. Toda a gente gosta da forma como ele está a jogar. Está sempre muito entusiasmado. A minha família cresceu com futebol, os meus filhos estiveram sempre em estádios e foram sempre apaixonados. Não vejo um grande risco de deixarmos de contar com o Enzo depois do Mundial. Está no local certo para se desenvolver, é jovem, é muito bom jogador. Neste momento, para ele e para nós, seria muito bom se ficasse um pouco mais no Benfica. Se vai jogar? Vamos ver. Não vou anunciar o onze, nunca o faço. O Enzo está numa forma muito boa, está a recuperar muito bem. Descansou um pouco na seleção. Teve de viajar, mas não jogou muito. Fez um jogo muito bom, na terça-feira. Esteve muito fresco, hoje. É jovem, por isso, não seria problema jogar.
Taça é oportunidade para ver André Almeida? "O André é um caso especial. Está muito bem nos treinos, com uma atitude de topo. Especialmente porque quando se tem um papel difícil na equipa, demonstrar uma boa atitude nem sempre é evidente. Durante o mercado, discutiu-se se deveria ou não deixar o clube. Não esteve no plantel. Agora, temos três laterais-direitos. Gilberto e Bah estão à frente dele. A decisão é minha, mas ainda é opção. Está em boa forma. É opção para amanhã, até porque Bah está doente e não pode jogar".
João Víctor está recuperado: "Está completamente integrado depois da lesão. É opção para amanhã e para as próximas semanas. Já mostrou a sua qualidade nos treinos, é um defesa-central muito rápido, forte nos duelos, com muita qualidade. Estamos felizes por o ter."
O Benfica é o primeiro dos ‘grandes’ a entrar em ‘cena’, que no sábado vai às Caldas da Rainha defrontar o vice-líder da Série B da Liga 3, o Caldas, que na ronda anterior surpreendeu o Sporting da Covilhã, da II Liga, por 3-0, levando ao afastamento do treinador Leonel Pontes nos serranos.
Os ‘encarnados’, recordistas de troféus (26), não vencem a prova desde 2017, tendo perdido as finais de 2020 e 2021, enquanto na época passada foram afastados pelo FC Porto nos oitavos de final. Já o Caldas tem como melhor desempenho a presença numas meias-finais, em 2017/18, então eliminado pelo Desportivo de Aves, que viria a conquistar o troféu.
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