O FC Porto defronta sexta-feira, a partir das 20h15, em Chaves, o Vilar de Perdizes, equipa do Campeonato de Portugal, em partida da 3.ª eliminatória da Taça de Portugal, e na conferência de imprensa de antevisão ao encontro Sérgio Conceição, treinador dos dragões, falou não só desse embate, mas também de vários outros assuntos da atualidade do clube azul e branco, incluindo o momento financeiro.

O que espera do encontro? "Vejo muitos jogos de divisões inferiores, e há gente de qualidade, que trabalha bem. Há clubes bem organizados. Temos de ter o máximo de respeito, perceber a equipa que temos pela frente e analisá-la como analisamos todos os adversários. Só assim é que conseguimos, com a nossa qualidade individual e coletiva, ganhar os jogos de forma mais tranquila, como tem sido habitual no primeiro jogo na Taça de Portugal."

Mexidas na equipa: "Não sei que novidades podem esperar. Tive os jogadores à disposição. Aqueles com que contei durante mais tempo têm mais possibilidade de jogar, sem dúvida. Temos jogadores que chegaram ontem, outro, que é o Sánchez, que ainda deve chegar... Fica mais difícil para esses jogadores jogarem, porque não trabalharam durante a semana e somos muito rigorosos na preparação dos jogos. Este é mais um que merece toda a atenção e respeito."

Alguns jogadores em bom plano nas seleções: "Ficamos contentes com isso. Agora, que isso lhes dê o direito de vir para o clube e achar que merecem jogar porque fizeram bons jogos nas seleções... Não é assim. Dei o exemplo do Jorge Sánchez. Ainda nem o vi, e não deve estar na convocatória. O Francisco é diferente, chegou há dois dias, mas temos de ver caso a caso e perceber os onzes jogadores que vão entrar e os reforços que temos à disposição para meter lá para dentro durante o jogo."

Motivar os jogadores: "A motivação tem de ser sempre a mesma, e não tem a ver com o adversário ou a competição. A Taça de Portugal é uma competição muito importante. Todos os jogos são importantíssimos para nós, nas diferentes competições. A motivação tem de ser diária, no nosso trabalho, na preparação do jogo. Aí, o grupo tem-me dado resposta. Fiz um pequeno teste positivo. Perguntei quais eram os jogadores que jogavam mais no Vilar de Perdizes. Achei que era importante saber, da parte deles, porque lhes é dada informação. Foi muito positivo. Conheceram praticamente toda a equipa e soluções que apresenta durante os jogos. Isso deixa-me satisfeito e tranquilo quanto a essa motivação. A motivação está lá. Espero que o público sinta isso. Para estarmos no Jamor, onde tanta gente costuma estar presente, é preciso passar este jogo. O jogo final, para nós, é o menos importante, porque não o podemos ter se não passarmos amanhã."

Jogadores lesionados: "Os jogadores que estavam lesionados continuam lesionados ou em recuperação, em diferentes fases. Temos o Eustáquio, que veio da seleção magoado. Temos o Iván Jaime com problemas físicos. O Zaidu já estava, há mais tempo. O Pepe também. Temos alguns problemas nesse sentido. Os que estão disponíveis, vão a jogo. Os jogadores que estiveram a trabalhar durante a semana são aqueles que vão jogar."

Finanças negativas obrigam FC Porto a vender em janeiro: "O meu papel é equilibrar o plantel, não as finanças, porque não sou gestor financeiro. A minha conversa com o presidente é diária. Até janeiro, ainda falta algum tempo. Sou empregado do clube, estou aqui para o servir. Cabe-me gerir bem o plantel, equilibrar as nossas soluções para as diferentes posições. Tem sido o meu papel, e, dentro do possível, tem sido bem feito. Os adeptos querem é vitórias e títulos, e o que interessa é o meu trabalho."