O Tribunal do Barreiro deu hoje por concluído os trabalhos no âmbito da inquirição de 23 envolvidos nos incidentes na Academia do Sporting, em Alcochete, prosseguindo na segunda-feira as alegações dos advogados dos arguidos sobre as medidas de coação.
Os trabalhos, que tiveram início às 14:00, foram suspensos por volta das 16:40 e irão ser retomados na segunda-feira, pelas 09:30, disse aos jornalistas o advogado Pedro Madureira, que representa três dos arguidos envolvidos.
Pedro Madureira referiu que na sessão de segunda-feira o juiz de Instrução Criminal irá prosseguir com audição dos advogados sobre as medidas de coação a aplicar, sendo que durante o dia de hoje apenas um teve oportunidade de o fazer.
O defensor perspetivou ainda que durante o dia de segunda-feira possam também ser já conhecidas as medidas de coação a aplicar aos 23 arguidos.
Antes desta intervenção dos advogados foi ouvido o Ministério Publico, que defendeu a prisão preventiva de todos os arguidos, invocando “perigo de fuga, perigo de perturbação do decurso do inquérito”, “perigo da continuação de atividade criminosa” e “perturbação da ordem pública”.
“Pessoalmente, não me parece justo, porque eu sempre disse, no meu modesto entender, que há ali crimes que não se encontram com os pressupostos preenchidos, até mesmo o mais grave”, considerou o defensor.
Os 23 arguidos estão indiciados por vários crimes, nomeadamente sequestro, ofensa à integridade física qualificada, introdução em lugar vedado ao público, dano com violência, terrorismo, resistência e coação sobre funcionário.
Na última terça-feira, antes do primeiro treino para a final da Taça de Portugal, em que o Sporting defronta hoje o Desportivo das Aves, a equipa de futebol foi atacada na Academia de Alcochete por um grupo de cerca de 50 alegados adeptos encapuzados, que agrediram técnicos e jogadores. A GNR deteve 23 dos atacantes.
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