O clima de tensão no Irão parece não ter fim à vista e agora surgiu mais um momento em que o mundo do futebol volta a entrar nas notícias e pelos piores motivos.
Esta segunda-feira ficou decidido que o antigo futebolista de 26 anos Amir Nasr-Azadan vai ser condenado à pena de morte, juntamente com oito outras pessoas consideradas responsáveis pela morte de três polícias no passado dia 25 de novembro.
Tudo aconteceu num clima de manifestações contra o regime iraniano e agora Azadan foi acusado de traição e de tentativa de organizar um golpe de estado.
O antigo defesa destacou-se ao serviço do Sepahan e Persepolis, dois dos principais clubes do Irão.
Segundo a Iran Human Rights, ONG que tem acompanhado toda a tensão no Irão, fora já 320 as vítimas mortais, no quais se destacam a execução da jovem Mahsa Amini, pela utilização incorreta do véu islâmico, e que desencadeou todo o conflito. Esta segunda-feira, outro cidadão do país, Majidreza Rahnavard, foi executado publicamente por ter esfaqueado dois polícias aquando dos protestos a 17 de novembro.
O Mundial acabou também por ser um palco onde que o futebol entrou em protesto com o regime iraniano. Várias foram as ações da seleção do irão e de ativistas que marcaram o torneio que se está a realizar no Qatar.
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