O Comité Olímpico Internacional (COI) anunciou hoje ter encerrado o processo movido ao Comité Olímpico Italiano (CONI), após a passagem de um decreto governamental em Itália que lhe confere mais autonomia.
Hoje, em conferência de imprensa 'online', o presidente do COI, Thomas Bach, confirmou que o processo tinha sido encerrado após a nova lei deixar o COI “muito satisfeito” com a decisão do Governo, na sequência da reunião por via telemática do Comité Executivo em que foi tomada a decisão.
A aprovação do decreto na terça-feira foi um dos últimos atos do governo liderado por Giuseppe Conte, que hoje deve apresentar a sua demissão devido à falta de apoio à sua coligação parlamentar, após a crise provocada pelo abandono do partido Itália Viva, de Matteo Renzi.
O decreto foi aprovado a um dia da reunião do comité executivo do COI, na qual deveria ser analisada uma possível sanção ao comité nacional italiano devido à ingerência do governo na gestão do CONI, que poderia afetar a participação dos atletas transalpinos nos Jogos Olímpicos Tóquio2020.
A possível ingerência questionada pelo COI estava relacionada com a criação, pelo governo italiano, de um organismo denominado Sport e Salute para administrar o dinheiro disponibilizado ao desporto, que antes de 2019 era gerido por uma estrutura do CONI.
Thomas Bach condenou ainda a Federação Internacional de Halterofilismo, causa de “grande preocupação pelo aparente enfraquecimento das regras antidopagem e outros problemas administrativos”.
A alteração das regras relativas ao doping, sem consulta prévia do COI, é “perturbadora”, uma vez que as anteriores se alinhavam com “a base para a aprovação do sistema de qualificação” para os Jogos, tendo sido colocada na agenda da próxima reunião do Comité Executivo, em fevereiro, a colocação de um pedido de explicação.
O dirigente olímpico anunciou ainda que o organismo que lidera é neutro em emissões de carbono, compensando as emissões que provoca, e pretende avançar para um saldo positivo, “alinhando com o Acordo de Paris”, tendo como meta “a redução da emissão direta e indireta em 45% até 2030”.
A próxima Sessão do COI está marcada para de 10 a 12 de março e vai decorrer de forma virtual, em vez de em Atenas, enquanto o Comité Executivo vai propor a capital da Grécia como ‘casa’ da Sessão de 2025.
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